quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

GERENCIAMENTO DE MEDICAMENTOS: NORMAS QUE SALVAM VIDAS

Acreditação da JCI busca soluções que passam despercebidas pela ANVISA

Na última semana, o caso da menina Sthephanie dos Santos Teixeira, de apenas 12 anos, comoveu o país. Internada em um hospital de São Paulo, com dores abdominais, diarréia e vômito, teve injetada na veia vaselina, ao invés de soro fisiológico, o que ocasionou sua morte. Dias depois, na Bahia, um bebê recebeu vacina vencida em um posto de saúde. A mãe de Rafaela, de apenas 2 meses, conta que, ao conferir a caderneta onde consta o lacre da vacina, descobriu que o medicamento estava vencido desde outubro. A criança passou mal. Os dois casos elucidam a falta de cuidados e normas das instituições de saúde com uma das questões mais importantes da administração hospitalar: o gerenciamento de medicamentos.

"Acredito que esses dois eventos, assim como vários outros ocorridos no ano, servem para atentar à necessidade de uma melhoria contínua da qualidade hospitalar", afirma Maria Manuela Alves dos Santos, superintendente do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), único representante no Brasil da Joint Commission International (JCI), maior agência do mundo em qualidade e segurança em saúde. Criado para aprimorar a qualidade hospitalar e promover um melhor atendimento ao paciente, o Manual Internacional de Acreditação da JCI trata o tema gerenciamento de medicamentos de uma forma bem abrangente, criando normas e itens até então ignorados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Segundo Maria Manuela, um dos itens cruciais para se evitar a troca de medicamentos é o treinamento de pessoal. Ela frisa que jornadas de trabalho extenuantes e contrárias às leis trabalhistas (que determinam uma carga horária máxima de 8 horas de trabalho diário) são extremamente prejudiciais à concentração do profissional de saúde, que fica mais suscetível a cometer erros. "Sabemos que a maior parte dos erros são cometidos nos últimos momentos da jornada de trabalho. As empresas não podem permitir que os funcionários emendem plantões em vários hospitais ou que dobrem suas escalas. Além disso, elas também devem investir em treinamento continuado e de supervisão eficiente", diz.

Outro ponto extremamente importante é a organização dos medicamentos, tanto no que diz respeito às embalagens, quanto à disposição das mesmas nas prateleiras, armários e gavetas. De acordo com a superintendente do CBA, muitas unidades de saúde deixam seus medicamentos em embalagens parecidas em locais favoráveis à mistura de componentes diferentes. "Todos os medicamentos que chegam a um hospital devem passar por uma checagem e, posteriormente, devem ser embalados e etiquetados de maneira a não serem confundidos. As identificações devem ser feitas em letras grandes e visíveis", destaca ela.

O capítulo de gerenciamento de medicamentos do Manual Internacional de Acreditação da JCI fala também sobre acondicionamento, recomendando a manutenção da medicação em uma farmácia ou almoxarifado reservado somente para isso. "Substâncias que dependem de refrigeração, têm de estar estocadas sempre na temperatura correta. Nem um grau a mais, nem um grau menos", reforça Maria Manuela, que lembra que as normas propostas pelo capítulo atentam também para um correto descarte dos medicamentos.


ASSESSORIA DE IMPRENSA
SB Comunicação

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

"Código do Consumidor não se aplica aos médicos"

por CFM
06/12/2010


CFM defende que o tema jurídico que deve prevalecer na relação médico-paciente deve ser o Código Civil e não o de Defesa do Consumidor

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d"Avila, defendeu que não se deve aplicar o Código de Defesa do Consumidor (CDC) ao médico por não se tratar de uma relação comercial de consumo. "O paciente não é consumidor. O CDC age em defesa do paciente, não regulando inteiramente a responsabilidade médica e não tem referencia expressa ao serviço prestado pelo médico". A opinião foi dada na sexta-feira (3) durante o I Congresso Brasileiro de Direito Médico do CFM, realizado em Brasília.

A posição também foi defendida por Márcia Fernandes, professora da Faculdade de Direito Uniritter e pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Bioética e Ética em Ciência. "Entendo que o tema jurídico que deve prevalecer na relação médico-paciente tem que ser o Código Civil e não o CDC. Aqui não há uma relação consumeirista presente".

A pesquisadora ainda lembrou da importância do prontuário médico. "É uma ferramenta reconhecida que comprova as ações cuidadosas do profissional como o tempo de consulta, os procedimentos adotados e, também, as solicitações de exames. É um resguardo para médicos e pacientes", enalteceu Fernandes.

Danos - A tarde da sexta-feira também recebeu o painel: Os limites da responsabilidade médica: como os juízes fazem contas e calculam danos e antecipam tutelas.

O desembargador Francisco Tenório apontou que a falta de qualidade e condições mínimas das faculdades de Medicina aumentam o número de erros médicos. "A comunidade médica precisa se unir, as autoridades públicas tem culpa ao autorizar estas faculdades sem as mínimas condições. A sociedade quem perde".

O conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Antonio Carlos Roselli, apontou que os limites são estabelecidos como consequência do ato da pratica médica.

Fonte: www.saudebusiness.com.br

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Construção sustentável: sinônimo de preservação ambiental e economia administrativa


Por: Cristina Miguez
SB Comunicação



Construção sustentável: sinônimo de preservação ambiental e economia administrativa
No dia 14 de dezembro, o Consórcio Brasileiro de Acreditação promove a palestra Construção Sustentável e Empreendimentos Hospitalares, que tem como foco a sustentabilidade em hospitais. Para falar sobre a importância da sustentabilidade na construção civil, arquitetura hospitalar sustentável, a certificação LEED, as barreiras do mercado e o cenário ideal, o CBA convidou o arquiteto Arthur Brito e o engenheiro Marcos Casado, que apresentarão estudos de caso do Green Building Council Brasil (GBCB), entre eles, o do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, maior edifício de saúde, do mundo, a obter a certificação LEED GOLD.

Arthur Brito que é diretor de projetos da Kahn do Brasil e atou como principal planejador hospitalar para o Plano Diretor do Hospital Israelita Albert Einstein, assegura que a certificação LEED reduz significativamente o consumo de eletricidade e de água potável. “No caso do Hospital Albert Einstein, a redução no consumo de água chegou a 35% e de energia a 15%. Isto, além de um benefício para a sociedade, representa uma economia constante para o hospital”, pondera o arquiteto, que é professor do curso Aplicação de Ferramentas de Certificação Green Building para Empreendimentos Existentes.

Gerente técnico do GBCB e coordenador dos cursos de pós-graduação da instituição, Marcos Casado, ressalta que a certificação LEED exige alta eficiência energética, uso racional da água, qualidade ambiental interna, espaços sustentáveis com boa infraestrutura urbana e tecnologias ecologicamente apropriadas. Em contrapartida, destaca os benefícios na Construção Sustentável: “Temos a redução do consumo de água entre 30 e 50%, de energia, entre 20 e 30%, resíduos desviados de aterro, de 70 a 90%, e a redução de CO2 em torno de 30%. Para implantação deste conceito há um investimento maior, em torno de 2 a 7%, com uma redução do custo operacional entre 8 e 9%, o que justifica esse investimento inicial maior.”

No entanto, Brito alerta que o momento da decisão pela certificação é um fator importante para a gestão de custos. Segundo ele, o quanto antes a instituição optar por um projeto de edifício novo ou grande reforma, mais simples será sua conquista. “Se o LEED é uma opção desde o momento da escolha do terreno, antes do início dos projetos de arquitetura e engenharia, o atendimento aos seus requisitos pode ser feito sem adição de custo à obra e com enorme potencial de redução dos custos operacionais do hospital. Já se a decisão é tomada com projetos prontos, ou obra iniciada, o desafio é enorme”, assiná-la. Especialista em administração hospitalar e em sistemas de saúde, Arthur afirma ainda que a familiaridade com o processo de acreditação da JCI/CBA pode beneficiar um hospital a conquistar uma certificação LEED. “A experiência com o Hospital Israelita Albert Einstein demonstrou que a disciplina e prática documental requeridas pela acreditação JCI auxiliam no atendimento ao processo de certificação LEED.”

A palestra Construção Sustentável e Empreendimentos Hospitalares, que acontece às 14h do dia 14 de dezembro, no auditório da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, é voltada para engenheiros, arquitetos, profissionais e técnicos de saúde, e pessoas envolvidas com a proteção ao meio ambiente e a sustentabilidade. Para participar, basta doar uma lata de leite em pó ou um pacote de fraldas descartáveis nos tamanhos M ou G. As doações serão enviadas a uma instituição social para crianças. As inscrições devem ser feitas antecipadamente pelo e-mail eventos@cbacred.org.br. Mais informações através dos telefones (21)3299-8241 ou 3299-8240.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cabral diz que secretário Sérgio Côrtes deverá ser ministro da Saúde de Dilma


Rio de Janeiro – O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje (30) que o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, deverá ser ministro da Saúde no governo da presidenta eleita, Dilma Rousseff. Ele afirmou que conversou “longamente” com Dilma ontem (29), em Brasília, e que um dos assuntos abordados foi a possibilidade de convidar Côrtes para o cargo.

“Ela foi muito enfática, na campanha, na admiração do trabalho que realizamos aqui na área da saúde pública. E o Sérgio Côrtes, provavelmente, será o próximo ministro da Saúde. Para nós, é uma honra. Já foi feito um convite. Eu já o consultei, e ele aceitou. Mas é evidente que ele vai ter que sentar com a presidenta e conversar”, disse Cabral, durante a inauguração da 13ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no Morro dos Macacos, zona norte da cidade.

O governador informou que a atual subsecretária executiva, Monique Fazzi, substituirá Côrtes no comando da pasta.

Segundo o governador, a presidenta eleita prometeu grandes investimentos no Rio de Janeiro, por meio de obras da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) no estado.

Edição: Nádia Franco//A matéria foi ampliada


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Norte tem maior crescimento relativo de vagas de nível superior em unidades de saúde

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A oferta de postos de trabalho de nível superior nos estabelecimentos de saúde cresceu 27,0% entre 2005 e 2009, ao passar de 870,4 mil para 1,1 milhão. Embora mais da metade dessas vagas tenham sido ofertadas na Região Sudeste (51,5%), o maior crescimento relativo foi observado no Norte (42%). A maior proporção de profissionais com nível superior é de médicos (57,8%), seguidos pelos enfermeiros (14,7%).

A constatação é da Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (MAS) 2009, divulgada hoje (19) pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, feito em parceria com o Ministério da Saúde, traça o perfil da oferta de serviços de saúde no país, a partir da investigação dos estabelecimentos do setor, públicos e privados, com ou sem internação.

O levantamento aponta que o país ainda encontra forte concentração de postos de trabalho médicos nas capitais, numa realidade que não acompanha, na mesma proporção, a distribuição populacional. Enquanto respondiam, em 2009, por 23,7% da população, as capitais concentravam 40,2% do total de postos de trabalho médicos.

Com isso, o estudo revela uma proporção de 5,6 desses postos por mil habitantes nas capitais e de 2,6 postos para cada mil habitantes nos demais municípios do país. A concentração é mais intensa no Sul, cujas capitais têm média de 7,8 postos por mil habitantes e os demais municípios, 2,8.

A média para o país foi de 3,3 vagas por mil habitantes. O Sudeste apresenta a relação mais elevada, com 4,3 a cada mil habitantes, contra 2,3 no Nordeste e 1,0 no Norte. Entre as unidades da Federação, o Maranhão registrou o pior resultado desse indicador, com 1,3 posto médico para cada mil habitantes, seguido pelo Pará (1,7) e pelo Ceará (1,8).

Segundo o estudo, as principais áreas de atuação dos médicos nos estabelecimentos de saúde são: clínico geral (16,7%), pediatria (10,0%), gineco-obstetra (9,5%) e médico de saúde da família (6,3%). Além disso, eles estão empregados principalmente no setor privado, especialmente nas regiões Sudeste (58,5%), Sul (64,4%) e Centro-Oeste (54,9%). Já nas regiões menos desenvolvidas, o setor público responde pela maior parte dos postos de trabalho médicos, sendo 62,2%, no Norte, e 54,1% no Nordeste.

Edição: Juliana Andrade

Fora do Brasil “Mais 18 mil utentes* entopem Urgências”

(*utentes = a pessoas que utilizam os serviços públicos)

Mais 18 203 pessoas acorreram ao Serviço de Urgência do novo Hospital de Cascais entre Março e Setembro de 2010 do que em igual período de 2008, quando a unidade estava nas antigas instalações. Ou seja, em dois anos, a procura das Urgências aumentou 3033 utentes por mês, 101 por dia

Este aumento do número de doentes é a justificação dada ao CM pela administração hospitalar para explicar a situação de ruptura que é vivida no Serviço de Urgência. O Hospital de Cascais, público com gestão privada, foi inaugurado em Fevereiro. Mas, passados poucos meses, as Urgências já estão congestionadas e há doentes acamados nos corredores, o que tem motivado protestos de pacientes e familiares.

"A responsabilidade de toda esta situação não é nossa", diz João Varandas, director clínico do Hospital de Cascais. O responsável acredita que será aprovada a criação de mais um piso para internamento. O novo hospital cascalense substituiu três unidades: o antigo hospital, o centro oncológico e o Hospital Ortopédico da Parede.

A sobrelotação do hospital levou o Bloco de Esquerda a requerer, na semana passada, a presença de Manuel Pizarro, secretário de Estado Adjunto e da Saúde no Parlamento para apurar as razões e as responsabilidades do problema.

A direcção clínica do Hospital de Cascais já reuniu, no início do mês, com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) para encontrar uma solução, que passa pelo reforço do número de camas.

A ARSLVT aprovou o aumento dos internamentos de Psiquiatria e Ginecologia. Na Psiquiatria, vão ser aumentados os internamentos até dez doentes e transformados dois quartos individuais em duplos. No serviço de Ginecologia, 19 quartos individuais vão passar a duplos, o que permitirá internar o dobro do número de doentes com patologia cirúrgica mamária, abdominal e pélvica.

Fonte: www.cmjornal.xl.pt

Apesar de desigualdades regionais, aumenta oferta de equipamentos hospitalares no país

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Embora o Brasil ainda registre desigualdades regionais na oferta de equipamentos hospitalares, como mamógrafos, tomógrafos e ultrassom, a disponibilidade desses aparelhos aumentou em todo o país entre os anos de 2005 e 2009. Na Região Norte, por exemplo, onde a oferta geral de equipamentos é menor do que no resto do país, o número de mamógrafos por 100 mil habitantes passou de 0,8 em 2005 para 1,1 em 2009. Esse aumento representa um crescimento anual de 7% entre 2005 e 2009, superior à média nacional para o mesmo período, de 5,3%.

Os dados são da Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (MAS) 2009, divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No caso do procedimento de ressonância magnética, o número de estabelecimentos que oferecem o serviço em todo o país mais que dobrou no período, tendo passado de 415 para 848 unidades de saúde, um crescimento de 118,4%.

Para os aparelhos de ultrassom, o maior aumento anual (7,7%) ocorreu na Região Sul, onde foi registrado 11 aparelhos por 100 mil habitantes, índice também superior à média do país, que foi de 10,1. Na Região Norte, o indicador foi de 6,9; na Região Nordeste, de 8,5 e na Sudeste, de 11,1 pelo mesmo grupo de habitantes.

Já em relação aos equipamentos de hemodiálise, a oferta verificada por de 9,8 por 100 mil habitantes para o conjunto do país. A Região Nordeste foi a que apresentou o maior aumento (9,2% ao ano), tendo alcançado 7,6 aparelhos por 100 mil habitantes. O estudo destaca ainda que desses equipamentos, apenas um em cada dez pertence ao setor público, cabendo às unidades privadas financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) 83% das máquinas.

Por outro lado, os aparelhos de raio x tiveram queda anual na oferta por 100 mil habitantes nas regiões Centro-Oeste e Sul. Já na Região Norte, o número de equipamentos por esse grupo de habitantes teve aumento anual de 1,9% e passou de 5,8, em 2005, para 6,3 em 2009.

Edição: Talita Cavalcante

Gastos com saúde levam 100 milhões de pessoas à pobreza a cada ano, segundo OMS

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil


Brasília – A Organização Mundial da Saúde (OMS) constatou que 100 milhões de pessoas caem na pobreza a cada ano por causa de gastos com serviços de saúde. O dado consta em relatório da OMS divulgado hoje (22), em Genebra.

A OMS alerta que os países, ricos ou pobres, devem ajustar o financiamento da saúde para oferecer atendimento a toda a população. A organização sugere novas taxas em produtos e transações financeiras como formas de arrecadar mais recursos para o setor.

De acordo com a OMS, se 22 nações emergentes aumentarem em 50% os impostos incidentes sobre o tabaco, conseguirão arrecadar US$ 1,42 bilhão para a saúde. A Índia, por exemplo, teria US$ 370 milhões por ano com uma taxa de apenas 0,005% sobre as transações financeiras estrangeiras.

Segundo a OMS, há desperdício de 20% a 40% dos recursos do setor. O relatório prevê que são necessários US$ 44 por pessoa para oferecer cuidados com a saúde de qualidade nos países em desenvolvimento. Atualmente, 31 países gastam menos de US$ 35per capita com saúde.

A OMS cita o Brasil entre os países que têm caminhado, nas últimas décadas, para o atendimento universal, ao lado do Chile, México e da China.


Edição: João Carlos Rodrigues

Dilma quer perfil técnico para a Saúde

Presidente almoçou com 26 médicos na tarde do último sábado depois de fazer um check up no Sírio-Libânes

Em almoço com 26 médicos na tarde do último sábado (20), em São Paulo, a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) disse que "não abre mão" de um ministro com perfil técnico para ocupar a pasta da Saúde, segundo o relato de alguns convidados. As informações são da Agência Estado.
O encontro foi promovido pelo cardiologista Roberto Kalil Filho em sua residência, nos Jardins, área nobre da capital paulista, depois que Dilma se submeteu a um check-up no hospital Sírio-Libanês. Kalil Filho, médico da petista, negou ter sido convidado para o ministério.

De acordo com relatos dos convidados, a presidente eleita debateu, acompanhada do deputado Antonio Palocci (PT-SP), coordenador de sua equipe de transição, formas de financiamento e gestão da saúde pública.

Dilma busca uma maneira de repor recursos para a área, já que, com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), o governo federal perdeu uma receita anual de R$ 40 bilhões. Uma das ideias em estudo é criar um novo imposto, como a Contribuição Social para a Saúde (CSS).

O almoço com a classe médica é a segunda reunião temática de Dilma no período da transição. A primeira, realizada na semana passada, teve como eixo a erradicação da miséria no País.

Teto financeiro inviabiliza maior atendimento via SUS

Para presidente da Santa Casa de Palmital, a queda deve-se ao déficit na remuneração oferecida pelo Estado aos hospitais beneficentes


"Temos capacidade para atender o dobro de pacientes pelo SUS do que atendemos atualmente, mas é inviável por conta do teto financeiro que nos é estabelecido", explicou, em comunicado, o presidente da Santa Casa de Palmital, Edson Rogatti.

De acordo com um comunicado da Federação dos Hospitais e Casas Beneficentes de São Paulo (Fehosp), a pesquisa divulgada na última sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) deflagra as consequências de uma realidade enfrentada há anos pelas Santas Sasas e Hospitais Beneficentes. Segundo o levantamento, o país perdeu 11.214 leitos para internação entre 2005 e o ano passado. Além disso, a oferta de leitos privados ao SUS teve redução de 12% no mesmo período.

Confira a análise da Fehosp referente ao estudo do IBGE na íntegra:
Entre outros motivos, a queda pode ser relacionada ao déficit na remuneração oferecida pelo Estado aos hospitais beneficentes no atendimento dos pacientes da rede pública. Pelas regras, essas unidades prestam assistência gratuita à população e são ressarcidas posteriormente pelo Governo. O repasse é feito considerando uma tabela de procedimentos do SUS que estipula o valor de cada intervenção médica. "O problema é que essa tabela está desatualizada e há muito tempo não recebe as correções necessárias", afirma José Reinaldo de Oliveira Júnior, presidente da Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes de São Paulo).

De acordo com as instituições, o déficit atual é de, em média, 40%, ou seja, para cada R$ 100,00 empregados no atendimento gratuito, as unidades beneficentes recebem de volta R$ 60,00. "É uma distorção que, prolongada e sem solução, produziu uma dívida que as entidades não conseguem mais suportar", alerta o presidente da Fehosp. Segundo ele, vários hospitais já fecharam e existe uma tendência, entre os gestores em diminuir a parcela de atendimento ao SUS. Em parte isso explica a redução de leitos privados detectada pela pesquisa do IBGE.

A Santa Casa de Misericórdia de Palmital, no interior de São Paulo, por exemplo, que conta com 68 leitos, sendo 44 para a rede pública, atende mensalmente pelo SUS cerca de 2.740 consultas e 130 internações. "Temos capacidade para atender o dobro do que atendemos atualmente, mas é inviável por conta do teto financeiro que nos é estabelecido. Para tudo que for feito acima do teto, não há remuneração, aumentando o nosso déficit operacional", explica Edson Rogatti, presidente da Santa Casa de Palmital. Mesmo operando abaixo de sua capacidade, a instituição soma mais de 800 mil reais em dívidas bancárias. "Apesar da importância estratégica para o SUS, não existe ainda uma política de recursos financeiros que assegure a continuidade dessa prestação com gestão, qualidade e resolutividade", acrescenta Rogatti.

Já a Fundação Santa Casa de Misericórdia de Franca, que conta com 303 leitos e é o único hospital SUS que atende alta e grande parte da média complexidade para 22 municípios da região (cerca de 700 mil habitantes), convive com um endividamento de mais de 42 milhões de reais. O hospital tem 92% da taxa de ocupação pelo SUS, superando a capacidade disponibilizada para o sistema que, por lei, deve ser de no mínimo 60%. Atualmente são mais de 63 mil atendimentos ambulatoriais, 300 partos e 1.575 internações mensais. "Esses dados colocam a Santa Casa de Franca como um dos dez hospitais do estado de São Paulo que mais internam para o SUS", comenta José Candido Chimionato, presidente da instituição.

Apesar das dificuldades, as Santas Casas e Hospitais Beneficentes ainda são importantes parceiros do Estado na oferta de assistência para a população. Anualmente, realizam mais de 185 milhões de atendimentos ambulatoriais em pacientes da rede pública, grande parte deles procedimentos complexos e escassos na rede pública, e mantêm 1/3 dos leitos hospitalares do país. "Também é preciso considerar que em grande parte das cidades do interior as Santas Casas são o principal, e muitas vezes o único, recurso de saúde para a população", lembra José Reinaldo.

Para o presidente da Fehosp, diante deste cenário, a prioridade é mobilizar o Congresso para a regulamentação da Emenda Constitucional 29. Com a indefinição atual em torno da lei, aponta, metade dos Estados deixam investir o montante determinado em saúde e mesmo nas regiões que oficialmente cumprem a regra não há a garantia de que os recursos sejam realmente empregados no atendimento à população. "Isso porque não está definido claramente o que são serviços de saúde. Essa lacuna permite que dinheiro que deveria ir para hospitais seja utilizado, por exemplo, para obras de saneamento básico ou projetos sociais", explica. "A regulamentação da EC 29 é a saída para evitarmos o colapso das Santas Casas e Hospitais Beneficentes", acrescenta José Reinaldo.

Queda no número de leitos em hospitais segue tendência mundial, diz ministério

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A redução no número de leitos hospitalares por habitante segue uma tendência mundial, informou o Ministério da Saúde. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje (19), constatou que o número de leitos para internação caiu de 2,4 para 2,3 por mil habitantes, de 2005 a 2009 , ficando abaixo do recomendado pelo ministério, entre 2,5 e 3. Nesse período, o Brasil perdeu 11.214 leitos, uma queda de 2,5%.

Em nota, o ministério informou que houve queda no número de leitos, por exemplo, nos países integrantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que agrupa as principais potências econômicas mundiais. De acordo com uma tabela apresentada pelo ministério, no Japão, o número de leitos passou de 12, em 2005, para 8,2, em 2007. Na Alemanha, de 6,9 para 5,7, no mesmo período.

Segundo o ministério, a queda é resultado da ampliação de outros serviços de saúde, como o atendimento ambulatorial. “Essa tendência também está relacionada à introdução de novas tecnologias na assistência à saúde. Os atendimentos que antes só poderiam ser realizados em estabelecimentos de saúde com internação, atualmente podem ser feitos em ambulatório, como é o caso de vasectomia e tratamento para câncer. Isso significa uma mudança de foco na assistência à saúde da população; ou seja, aumenta-se a atenção para as ações básicas e ambulatoriais de saúde para que se reduzam as intervenções hospitalares”, diz a nota.

A pesquisa do IBGE foi feita em parceria com o ministério e traça o perfil da oferta de serviços de saúde no país em unidades públicas e privadas, com ou sem internação.

Edição: João Carlos Rodrigues

Brasil perde 11,2 mil leitos em quatro anos

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O número de leitos para internação no Brasil caiu mais uma vez entre os anos de 2005 e 2009. Neste período, o país perdeu 11.214 leitos, o que representa uma queda de aproximadamente 2,5%. O movimento foi observado em todas as regiões, com exceção da Norte, que teve alta anual de 1,0%. Quando a análise é feita em relação à população, também se verifica redução. No mesmo período o número de leitos por mil habitantes caiu de 2,4 para 2,3. Com isso, somente a Região Sul, que tem 2,6 leitos por mil habitantes, ficou dentro do parâmetro preconizado pelo Ministério da Saúde, entre 2,5 e 3.

Os dados fazem parte da Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (MAS) 2009 divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e feita em parceria com o Ministério da Saúde. A pesquisa traça o perfil da oferta de serviços de saúde no país, a partir da investigação dos estabelecimentos públicos e privados do setor, com ou sem internação.

De acordo com o levantamento, as regiões mais desprovidas de leitos em relação à população continuam sendo a Norte (1,8 por mil habitantes) e a Nordeste (2,0). Nelas, conforme destacam os técnicos do IBGE, embora tenha ocorrido aumento na oferta de leitos públicos no período, que representam mais de 50% dos disponíveis para internação, esse número não foi suficiente para compensar a diminuição dos leitos privados e o aumento populacional.

Em todo o país, houve aumento de 0,6% no número de leitos públicos (3.926 a mais). A oferta foi ampliada em todas as regiões com exceção da Sul, que apresentou redução de 0,7% (398 leitos a menos).

Ainda segundo a pesquisa, caiu 12,2% o número de leitos privados disponíveis ao Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as regiões, a Nordeste foi a que apresentou a maior queda, de 23,0%, seguida da Região Centro-Oeste (-16,9%).

Na média do país, havia 1,6 leito disponível ao SUS para cada mil habitantes. Entre as regiões, a menor proporção foi verificada no Nordeste, com 1,5; e a maior, no Sul, com 1,9, todas abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde.

Os leitos privados respondem por 64,6% do total do país e os públicos, 35,4%.

Ainda de acordo com o levantamento, entre 2005 e 2008, o número de internações no país registrou queda de 0,2%. Do total de quase 23,2 milhões de internações realizadas, 15 milhões foram no setor privado.


Edição: Lílian Beraldo

Unidades privadas de saúde reduzem participação na oferta de serviços ao SUS

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Os estabelecimentos privados reduziram em 11,7% a participação na oferta de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS), entre os anos de 2005 e 2009. Neste período, o número de unidades nesse perfil caiu de 3066 para 2707.

Os dados fazem parte da Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (MAS) 2009, divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, feito em parceria com o Ministério da Saúde, traça o perfil da oferta de serviços de saúde no país a partir da investigação dos estabelecimentos do setor – públicos e privados, com ou sem internação.

Segundo o levantamento, o Sistema Único de Saúde (SUS) se manteve em 2009 como fonte de financiamento mais frequente entre os estabelecimentos de saúde, embora tenha reduzido ligeiramente sua participação nos últimos anos. Em 2005, 70,9% dessas unidades tinham financiamento do SUS; em 2009, eram 67,2%. Em seguida, como fonte frequente de financiamento, aparece o pagamento direto das atividades (atendimento particular) com 42,7%; os planos de saúde, com 35,5%, e os planos próprios, com 2,8%.

Ao todo, o país contava em 2009 com 94 mil estabelecimentos de saúde em atividade total ou parcial, índice que corresponde a um aumento de 22,2% em quatro anos. Mais da metade (55,3%) é de natureza jurídica e pública, sendo a maioria ligada à esfera municipal (95,6%). As unidades ligadas à administração federal representavam apenas 1,8% e 2,5%, à esfera estadual, “refletindo a política de municipalização da assistência à saúde implantada no país”, conforme destaca o documento.

Os estabelecimentos privados, por outro lado, são predominantemente com fins lucrativos (90,6%). O documento mostra também uma tendência de diminuição de instituições sem fins lucrativos (9,4%) e de unidades com vínculo com o sistema público de saúde (SUS), que em 2005 representavam 30,6% dos estabelecimentos privados, passando para 27,1% em 2009.

Edição: Talita Cavalcante

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Comissão aprova remédio gratuito para doente crônico

Pela proposta, SUS reembolsará farmácias e drogarias comerciais por fornecerem os medicamentos

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou nesta última quarta-feira (17) proposta que garante aos pacientes com doenças crônico-degenerativas receber medicamentos de uso contínuo em farmácias e drogarias comerciais. Medida vale para quando não houver remédio nas farmácias da rede própria, contratada ou conveniada do Sistema Único de Saúde (SUS).
O reembolso dos valores às farmácias habilitadas que entregarem o medicamento aos pacientes será feito pelo SUS.

O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Dr. Nechar (PP-SP), aos Projetos de Lei 3171/00, do Senado, e 2099/99 e 3167/08, apensados.

Segundo reportagem da Agência Câmara de Notícias Nechar acredita que metade dos brasileiros não tem condições de adquirir em farmácias comerciais o medicamento que deveria estar disponível gratuitamente pelo SUS.

Ressarcimento

A proposta original e os PLs 3211/00 e 3899/00, ambos com a mesma redação que o original, previam o ressarcimento ao paciente dos gastos com medicamentos comprados na rede privada. Para Dr. Nechar, esses projetos partem da premissa errada "de que os pacientes têm recursos próprios para comprar os remédios".

Outra necessidade apontada pelo relator é incluir na proposta uma relação dos medicamentos passíveis de serem fornecidos pelas farmácias comerciais. O texto aprovado estabelece que o elenco de remédios deve ser elaborado pelo SUS, a partir da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).

Custeio

De acordo com a proposta aprovada, o custeio do programa de distribuição de medicamentos ficará dividido em 60% para o Executivo federal, 30% para os Estados e 10% para os Municípios. Ainda segundo o projeto, a fiscalização das farmácias e drogarias comerciais habilitados será de responsabilidade do SUS.

A proposta, que tem caráter conclusivo e tramita em regime de prioridade, ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Projeto que tramita na Câmara dos Deputados dará o que falar...

Assim como o exame da Ordem dos Advogados do Brasil, projeto lei propõe que profissionais da área da saúde sejam obrigados a realizar uma prova antes de exercer a profissão.


A alegação é de que erros cometidos no dia-a-dia dos hospitais podem ser praticados em parte pela baixa qualidade de alguns cursos. O CFM começa a discutir a criação de um teste para avaliar o aprendizado dos futuros médicos durante o andamento do curso, caso não sejam aprovados, retornam para adquirir o conhecimento necessário para a continuidade do curso.
Paralelo a isto, um projeto na Câmara dos Deputados (Dep. Fed. Paes de Lira -PTC/SP) quer tornar obrigatória uma prova para os profissionais de saúde logo após a formatura, a qual seria realizada em duas fases, ficando sob a responsabilidade dos Conselhos Federais de cada categoria, só quem conseguisse a aprovação é que poderia começar a trabalhar dentro da sua área.

CRM/TO - Concede coletiva à imprensa nesta manhã


Por: Fabíola Casado/Gabriela Almeida

Em coletiva à imprensa na manhã desta quarta-feira, 17, o presidente do CRM – Conselho Regional de Medicina, Nemésio Tomasela disse que o CRM vai encaminhar ao Ministério Público Estadual uma série de denúncias feitas ao órgão por médicos, pacientes e funcionários do HGP – Hospital Geral de Palmas.

Segundo Tomasela faltam medicamentos e insumos essenciais para o atendimento aos pacientes. A preocupação do presidente, é que esta falta prejudique o trabalho dos profissionais e que eles sejam penalizados por isso.

Tomasela ressaltou que o desabastecimento é normal nos finais de ano, quando as indústrias farmacêuticas dão férias coletivas aos funcionários e as licitações realizadas pelas Secretarias de Estado da Saúde dão desertas em sua maioria.

Contudo, Tomasela, ressaltou o empenho da direção do Hospital e da Gestão da Sesau para corrigir os problemas e colocou o CRM à disposição para ajudar a atual gestão a resolver os problemas.

Na coletiva, Tomasela parabenizou a direção do HGP por ter tomado a iniciativa de levantar os problemas e tentar encontrar soluções.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dados com preços de produtos para saúde é atualizado

Foram incluídos cerca de 40 novos produtos de cardiologia e 80 produtos da área de ortopedia pela Anvisa e ANS

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou, em setembro de 2010, em parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), informações e preços sobre 274 produtos da área de cardiologia. Trata-se de banco de dados inédito com os preços nacionais e internacionais de produtos para a saúde comercializados no País.

Nessa segunda-feira (08), a Agência publicou atualização desse banco de dados. Foram incluídos cerca de 40 novos produtos de cardiologia e 80 produtos da área de ortopedia.

Segundo a Anvisa, o objetivo da ferramenta é diminuir a assimetria de informações existente no setor de produtos para saúde. Além de dados de registro, é possível obter os preços praticados no Brasil e em mais dez países: Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, EUA, França, Itália, Japão, Portugal, e Reino Unido.

"A divulgação dos preços permite que gestores e profissionais da saúde, além dos cidadãos em geral, possam comparar os preços e questionar as práticas abusivas", disse o diretor da Anvisa, José Agenor Álvares da Silva.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"Quem Matou o Sistema de Saúde?"

Líderes do setor debateram o livro da economista da Harvard Regina Herzlinger que faz críticas contundentes ao sistema americano de saúde

Com um título original agressivo: Who Killed Health Care? ("Quem Matou o Sistema de Saúde?", na sigla em inglês), o livro, de autoria da economista e professora de Harvard Regina Herzlinger, é repleto de críticas à estrutura de saúde americana. A obra, no mínimo, pode ser considerada polêmica. Dessa forma, a IT Mídia promoveu um debate, nesta quinta-feira (04), em São Paulo, entre quatro líderes do setor de saúde brasileiro para abordar as questões levantadas na obra.

De acordo com os participantes da discussão, a publicação questiona inúmeros aspectos importantes sobre o mercado de saúde. No entanto, todos concordaram que o livro é excessivamente crítico e, por vezes, ácido. Os presentes ao debate foram: Carlos Alberto Goulart (Presidente Executivo da Abimed); Henrique Sutton Neves (Diretor Geral do Hospital Albert Einstein); Francisco Balestrin (vice-presidente da Associação Nacional dos Hospitais Privados) e Paulo Marcos Senra Souza (Diretor da Amil).

Para a autora, os culpados pelos problemas da saúde dos EUA são: governo, hospitais, operadoras e acadêmicos. Todos estariam preocupados com os próprios interesses financeiros, segundo publicação.

Por meio de um personagem central, que sofre de problemas renais e precisa de um transplante, a autora explicita as distorções do setor, apontando a ausência dos médicos nas discussões políticas, os diversos lobbys que impendem inovações, as financiadoras que só buscam o lucro, entre outros.

"Os EUA é o país que mais gasta em saúde. Cerca de US$ 2 trilhões por ano, o equivalente ao PIB da China. E mesmo assim é completamente desintegrado", disse Souza.

Outro aspecto abordado pela Regina refere-se aos hospitais. Na opinião da professora, as entidades deveriam ser especializadas e não generalistas. "Aqui no Brasil o que prevalece são os hospitais generalistas. Do ponto de vista prático, isso tem uma razão econômica de ser", afirmou Neves.

A tecnologia em nenhum momento da obra se faz central. No entanto, a autora reconhece sua importância para a inovação do segmento.

Para o presidente da Abimed, essa questão trazida para o Brasil enfrenta sérios problemas. "Para um novo produto entrar no mercado é preciso aguardar em uma fila de pelo menos dois anos, pois a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa emitir o certificado de boas práticas. Depois disso, espera-se mais dez meses para obter o registro. Com isso, podemos ter um apagão tecnológico no longo prazo", enfatizou Goulart.

A segunda parte do livro apresenta algumas soluções para o sistema. Uma delas consiste na formação de uma agência reguladora que consolide todas as informações das instituições de saúde em prol dos clientes (pacientes).

O livro descreve uma verdadeira guerra, onde os players da cadeia são os vilões. "Os médicos estão de fora dessa guerra, pois, na visão da autora, saem perdendo em termos de remuneração. E os pacientes são uma espécie de civis em tempos de guerra", disse Balestrin.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SP tem 270 novas vagas para profissionais da saúde

Salários vão de R$ 580 a R$ 1.300, para funções como auxiliar de enfermagem e cuidador de idosos


A partir desta segunda-feira (4), o Centro de Solidariedade ao Trabalhador de São Paulo seleciona para 270 vagas na área de saúde. As inscrições vão até a próxima sexta-feira (8).

Os salários variam de R$ 580 a R$ 1.300. Há cinco oportunidades para acompanhantes de idosos, 16 para copeiros de hospital, 15 para técnicos de laboratório em patologias clínicas, 17 para auxiliares de enfermagem, entre outros.

No posto da Liberdade, selecionadores de um hospital da Zona Sul coordenam o processo seletivo para 165 vagas de técnico de enfermagem. A seleção será na quarta-feira (6), às 7h e às 12h. É necessário ter experiência mínima de seis meses na função, e giram em torno de R$ 1.500. Os interessados podem comparecer nesta segunda (4) e terça-feira (5) para retirar carta de encaminhamento.

Às 13h da sexta-feira (8), o posto recebe candidatos para 50 vagas de auxiliar de enfermagem, sem experiência. Podem se inscrever técnicos e auxiliares recém-formados, com certificado do curso. Há vagas para todas as regiões.

Os interessados devem comparecer nos postos da Liberdade e de Santo Amaro, entre 7h e 16h. É necessário levar carteira profissional, RG, certificado de escolaridade e currículo.

Os endereços são:

Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, Zona Central - São Paulo (SP)

Rua Barão do Rio Branco, 864, Santo Amaro, Zona Sul - São Paulo (SP)

*Com informações do G1

Acre e Pernambuco têm mais de 50 vagas em saúde

As oportunidades são para médicos, farmacêuticos e vacinadores


A Secretaria de Saúde do Recife (PE) abriu uma seleção simplificada para contratar 27 médicos e 22 farmacêuticos, que irão atuar nos serviços de urgência e emergência _ como em ambulatórios e postos de Saúde da Família da capital. Os profissionais contratados preencherão escalas em aberto nas unidades do Distrito Sanitário VI, que abrange os bairros da Zona Sul de Recife.

Os interessados devem levar seu currículo à antiga sede da Diretoria Geral de Gestão do Trabalho (DGGT), localizada na rua dos Palmares, 253, bairro Santo Amaro, Recife. A entrega deve ser feita nos dias 4, 5 e 8 de novembro, das 8h às 12h e das 13h às 17h. O processo seletivo inclui análise de dados profissionais e entrevistas. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (81) 33551709.

Já em Rio Branco (AC), está aberto concurso público para a formação de cadastro de reserva para vacinadores temporários. É necessário ter cursado até a 4ª série do ensino fundamental e o salário é de R$ 540. A contratação terá vigência de 60 dias, podendo ser prorrogada por igual período.


Os profissionais contratados irão compor a equipe de vacinação da Campanha Anti-rábica canina e felina do Município de Rio Branco, realizada pelo Departamento de Controle de Zoonoses.
 


Os interessados devem se inscrever até o dia 29 de outubro, entre 8h e 12h ou das 14h às 17h, no Departamento de Gestão de Pessoas (Avenida Ceará, 3.367, em Rio Branco).
Ainda não foi divulgada a data das provas teóricas e práticas que compõem o processo seletivo.

*Com informações do G1 e do Diário de Pernambuco

Novo hospital privado em Curitiba terá investimento de R$ 50 milhões


Curitiba ganhará um dos mais modernos complexos hospitalares do Sul do Brasil.
É o Hospital Marcelino Champagnat, o mais novo hospital privado da capital, com inauguração prevista para o segundo semestre de 2011. Os investimentos para a construção do Hospital Marcelino Champagnat serão de aproximadamente R$ 50 milhões, o maior investimento em saúde privada dos últimos 10 anos.
O hospital será voltado para a realização de cirurgias de média e alta complexidade com um moderno Centro de Diagnóstico e consultórios para atendimentos médicos.


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Médicos farão manifestação em Brasília no dia 26

Objetivo é chamar a atenção dos parlamentares, gestores e da opinião pública para as insuficiências do sistema de saúde no Brasil

As entidades médicas nacionais e estaduais preparam grande ato público para o próximo dia 26 de outubro (terça-feira), em Brasília (DF), com o objetivo de chamar a atenção dos parlamentares, gestores e da opinião pública para as insuficiências do sistema de saúde no País - tanto na área pública quanto privada. A classe levará à tona, mais uma vez, as reivindicações expressas no Manifesto dos Médicos à Nação, divulgado ao final do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), em julho deste ano. A organização do manifesto é da Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

O intuito das entidades é expandir aderência e conquistar o comprometimento das autoridades. Confira a programação abaixo:

10h00: Concentração no Ministério da Saúde e entrega do documento dos médicos
10h30: Caminhada ao Congresso Nacional
11h00: Concentração no Congresso Nacional e entrega do documento dos médicos
12h00: Reunião com os presidentes e diretores das entidades médicas na sede da Associação Médica de Brasília (AMBr)

Leia mais:


Médicos elaboram Carta de Brasília com reivindicações

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Conheça as propostas para a saúde divulgadas no horário eleitoral

José Serra e Dilma Rousseff falam sobre ações já realizadas e propõem mudanças para o setor

A saúde dominou o horário eleitoral gratuito de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), exibidos pelas emissoras de televisão brasileiras nesta terça-feira (19).


Serra
Logo no início, o programa eleitoral do candidato petista da terça-feira (19) expôs ações realizadas por Serra no setor de saúde reiterando que ele multiplicou por nove as equipes de médicos e enfermeira. A propaganda diz também que, como prefeito de São Paulo, Serra conclui a construção dos hospitais municipais Cidade Tiradentes e M"Boi Mirim.

Serra comentou sua experiência como gestor da saúde pública e reiterou suas propostas. "A saúde está ruim em todo o Brasil. Se o próximo presidente não se empenhar pessoalmente, não vai melhorar. É por isso que tenho proposto a construção de policlínicas e a formação da Rede Zilda Arns para deficientes. Tudo isso precisa ser coordenado pelo presidente".


Dilma
Já a candidata petista apresentou suas propostas para a saúde pública, como o Saúde da Família, ampliação das ambulâncias do Samu e a Rede Cegonha.

"Mulher tem esse lado de cuidar e a gente olha o processo do início até o fim. Mulher cuida, cuida mesmo. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são um modelo eficiente para combater a superlotação dos hospitais", disse a candidata, que prometeu a construção de 500 UPAs em todo o país.

"O grande compromisso que assumo com a população é melhorar o atendimento. Vamos acabar com as filas nos exames e atendimentos complexos. Para solucionar o problema, vou criar cursos de capacitação para quem atende", disse.

Hospitais e Clínicas Investem em Mimos para os Pacientes

Por: Rosilene Miliotti
SB Comunicação/RJ

Hospitais e clínicas investem em serviços diferenciados para fidelizar clientes

Internet sem fio no quarto, mensagens de texto para lembrar a consulta ou oexame, o 'primeiro bercinho' do bebê. Esses são alguns itens da lista dosagrados que clínicas e hospitais vêm oferecendo aos pacientes. A exemplo de lojas de grifes que tratam seus clientes de forma especial para deslumbraros clientes, hospitais e clínicas também oferecem um carinho a mais aos seuspacientes.

Na Clínica Pró Nascer (RJ), especializada em reprodução assistida, asfuturas mamães que optam pela Fertilização in Vitro são presenteadas com o'primeiro bercinho' do bebê. O 'presente' trata-se da plaquinha onde ficaramos embriões, até o momento da transferência para o útero da mamãe.

Segundo a biomédica Roberta Nogueira, as pacientes ficam muito surpresas eemocionadas com o mimo. "Elas adoram! Incluem até no álbum do bebê", diz. Aideia, que recebeu o apelido carinhoso de 'Primeiro Bercinho do Bebê' foiadotada desde a inauguração da clínica há sete anos. "A plaquinha vai com onome da mamãe e do marido, e escrevemos: Boa Sorte!", completa aespecialista.


Entretenimento durante internação

No Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), no Rio de Janeiro, os quartos sãoequipados com sistema de internet sem fio, sem custo adicional na diária dopaciente. O serviço é extensivo ao acompanhante que levar seu laptop: Bastalocalizar a rede interna do hospital e navegar sem limite.

Segundo a gerente de Hotelaria do HSVP, Mônica Rodrigues, o serviço, que éoferecido desde 2005, tem o objetivo de facilitar a vida dos pacientes emanter a interatividade com seus afazeres habituais. "Assim que sãoapresentados ao quarto, o paciente é orientado por um auxiliar de hotelariasobre o serviço", conta a gerente.

Outra instituição que oferece além do bom atendimento e da excelência médicaé o Hospital Balbino (RJ), que implantou o serviço confirmação de consultase exames agendados através de SMS, o permitindo ao paciente não esquecer ocompromisso e até desmarcá-lo, se necessário. O serviço funciona desde oinício de julho e os resultados já começam a aparecer. "Logo no primeirodia, vários clientes entraram em contato para desmarcar consulta comantecedência. Com isso, podemos abrir agendamento para outros que estão naespera", afirma a coordenadora do Setor de Atendimento, Jana Brasil.

Com cerca de 700 mensagens diárias, a ideia da direção do hospital é, nofuturo, utilizar o serviço também para envio de dicas de saúde, mensagens deaniversário e outras divulgações para seus clientes. Outro mimo oferecidopelo Balbino é o serviço de mensagem para o amigo internado. A ferramentaserve para estreitar a distância dos familiares e amigos que, por algummotivo, não podem visitar o paciente. Para a ouvidora Evaneide Moreira, queencaminha os recados para os pacientes, a mensagem é uma forma de mostrarsolidariedade, atenção e carinho ao paciente internado. "O objetivo destainiciativa é viabilizar a comunicação de quem não pode estar junto aopaciente, mas que gostaria de se mostrar presente de alguma forma, sobretudoem internações de longa permanência", explica.

Como Identificar a Rentabilidade dos Produtos Hospitalares

Por: Flávia Salgado Resende


Nas instituições de saúde, o sistema de gestão de custos é importante para o aumento da eficiência dos processos, aumento da rentabilidade e consenquentemente para a melhoria da qualidade da assistência prestada ao paciente. Além disso, de acordo com LIMA et al, a gestão de custos em uma organização hospitalar é apresentada como um instrumento gerencial fundamental para o controle dos recursos da mesma, sejam eles financeiros, materiais ou patrimoniais.

Para entender a importância da rentabilidade na Instituição Hospitalar é essencial conhecer o conceito da mesma. Rentabilidade é o valor do lucro com a venda, ou seja, é a medida do retorno de um investimento. Calcula-se a rentabilidade dividindo o valor do lucro com a venda pelo valor dos ativos instalados no hospital. Portanto, podemos dizer que rentabilidade é a quantia de dinheiro que a Instituição de Saúde ganha para cada quantia investida.

O lucro é produto do preço das vendas deduzindo os custos e as despesas. Segundo Matos, os registros dos insumos utilizados nas atividades operacionais compreendem custos e despesas. Os custos são representados por insumos pertinentes ao processo de produção e as despesas são representadas pelos insumos não relacionados ao processo de produção.

A definição do preço e da rentabilidade é resultado do processo de planejamento e da interação das diversas áreas internas e externas da organização de saúde, sendo estratégica a decisão da formação de preço de vendas dos serviços. Para a realização de venda de um produto ou serviço é necessário a utilização de uma tabela de preços. Os parâmetros para a tabela e as informações de custos são essenciais para a sua elaboração.

Em pesquisa realizada pela Grant Thornton, International Business Report, foi demonstrado que a inovação de produtos é vista como a iniciativa mais bem sucedida para o aumento da rentabilidade e impulso dos negócios entre as empresas privadas. A inovação foi citada por 20% dos participantes, seguida da redução de custos (18%) e estratégia de formação de preços de vendas (13%).

Segundo a Terco Grant Thornton para as empresas que planejam inovar é necessário seguir os seguintes conselhos:
- Busque oportunidades criadas pelos efeitos da crise econômica;
- Crie recursos para inovação;
- Ofereça produtos e serviços de acordo com as condições econômicas atuais;
- Esteja aberto a idéias;
- Controle cuidadosamente os riscos;
- Colabore para que clientes e fornecedores desenvolvam novas idéias;
- Examine processso e modelos comerciais inovadores, assim como produtos para melhorar a sua eficiência

Nesta pesquisa, a prioridade de ação dos empresários brasileiros foi à redução de custos, segundo Roberto Strohschoen de Lacerda, sócio da Terco Grant Thornton algumas medidas são fundamentais para a realização da redução de custos:
- Entenda com profundidade como os custos são gerados;
- Busque economias nas compras e negociação com fornecedores;
- Evite investimentos em estoques,
- Busque sinergias com empresas parceiras ou complementares;
- Controle com sabedoria o seu caixa;
- Busque terceirizar atividades ou processos que não são chaves para o negócio.

Segundo SOUZA et al, para analisar o desempenho rentável da Instituição de Saúde é necessário levar em consideração os seguintes indicadores:

- Indice de Giro Ativo: este índice mostra se o hospital está prestando um volume apropriado de serviços indicando quanto faturou para cada R$1,00 de investimento no ativo total hospitalar. Calcula-se esta índice através da fórmula: Receita Operacional Líquida (ROL) / Ativo Total (AT);

- Índice de retorno sobre o Ativo: Este índice indica o valor em R$ do lucro líquido ou superávit do hospital no período para cada R$100,00 investido pelo hospital no ativo total, é, portanto, uma medida do potencial de geração de lucro da parte do hospital. Calcula-se este índice através da fórmula: (Lucro Liquido (LL)/ Ativo Total (AT)) X 100;

- Índice de retorno sobre o patrimônio liquido: Indica a rentabilidade em R$ para cada R$100,00 aplicados pelos proprietários ou acionistas no hospital, sendo assim de particular interesse para esses, pois indica o quanto estarão obtendo de retorno anual em relação aos seus investimentos no hospital. Calcula-se este índice através da fórmula: (Lucro Liquido (LL)/ Patrimônio liquido médio (PLm)) x 100.

O processo de definições de preços e rentabilidade das empresas envolve uma gama de variáveis econômicas, financeiras e operacionais regidas pelas teorias de mercado, de custos e econômica. Os indicadores relacionados acima são formas de monitoramento que devem ser utilizados pelas Instituições de Saúde na avaliação do desempenho rentável e para tomada de decisões.

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Governo vai reembolsar servidor que contratar plano de saúde privado

Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A partir de hoje (13), o governo federal vai reembolsar os servidores públicos federais – ativos, aposentados ou pensionistas – que contratarem planos de saúde privados. O ressarcimento será feito nos limites definidos em dezembro de 2009. Os valores variam de R$ 72,00 a R$ 129,00 por beneficiário, conforme a faixa salarial e a idade do titular do plano de saúde.

Para solicitar o ressarcimento, o servidor deve comprovar a contratação particular do plano de saúde feita com operadora que atenda às exigências do Termo de Referência Básico estipulado pelo governo federal.

Até agora, tinham direito ao ressarcimento todos os titulares de planos de saúde cujos órgãos tivessem firmado convênio de autogestão, modalidade operada pelas próprias empresas para seus funcionários, sem fins lucrativos.

A nova orientação aos órgãos do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (Sipec) sobre o ressarcimento das despesas com os planos de saúde foi publicada na edição desta quarta-feira (13) do Diário Oficial da União. Com a alteração, o próprio servidor poderá contratar diretamente a operadora que achar melhor e requerer o ressarcimento da despesa.


Edição: Rivadavia Severo

Governo federal gasta menos do que deveria em saúde

Ministério Público do DF entrou com uma ação civil pública para que o governo gaste em saúde o mínimo exigido pela constituição

O Ministério Público do Distrito Federal entrou com uma ação civil pública para que o governo federal gaste em saúde o mínimo exigido pela constituição. Além disso, pede que o governo aplique imediatamente o déficit de R$ 2,6 bilhões estimado desde 2000.

De acordo com a ação, manobras contábeis estão camuflando a aplicação correta da quantidade mínima exigida na área de saúde desde a aprovação da Emenda Constitucional 29/2000. O governo federal estaria incluindo no seu cálculo gastos inicialmente previstos no orçamento, mas posteriormente retirados ou não efetivados.

Em maio de 2009, o Ministério Público Federal já havia recomendado à União que deixasse de incluir os restos a pagar cancelados nos seus cálculos relativos ao setor de saúde. O Ministério do Planejamento reconheceu a prática, mas negou que ela era ilegal. Agora, cabe ao Judiciário definir a questão. O processo tramita na 7ª Vara da Justiça Federal no DF.

Projeto Lei pode aumentar a verba para atender acidentados

Projeto de lei prevê que hospitais estaduais e municipais deverão receber mais recursos pelo atendimento a vítimas de acidentes de trânsito

Hospitais estaduais e municipais poderão receber mais recursos, e de forma direta, pelo atendimento de urgência e emergência a vítimas de acidentes de trânsito. Tramita no Senado proposta que reforçará o custeio dessas despesas hospitalares com 15% do que as seguradoras arrecadam de Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat). Se o projeto virar lei, essa parcela será depositada no Fundo de Apoio às Unidades Estaduais e Municipais Hospitalares.

A medida proposta em projeto de lei (PLS 36/10) do senador Marconi Perillo (PSDB-GO) está na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde já tem parecer favorável do relator, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP).

Atualmente, a lei que instituiu o Plano de Custeio da Seguridade Social (Lei 8.212/91) determina às seguradoras que repassem para a Seguridade Social 50% do valor total do Dpvat ao Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar das vítimas em acidentes de trânsito. O PLS 36/10 altera esse percentual de repasse, estabelecendo que apenas 30% se destinem ao SUS, por meio do Fundo Nacional de Saúde (FNS), para tratamento desses acidentados e 15% componham o novo Fundo de Apoio às Unidades Estaduais e Municipais Hospitalares - com destinação direta a hospitais estaduais e municipais.

A proposta também modifica a forma de repasse do Dpvat pelas seguradoras para o Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito, que aplica recursos exclusivamente em programas de prevenção de acidentes. Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que 10% do valor total do Dpvat destinado à Seguridade Social sejam repassados ao Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito.

Com a aprovação do projeto, esse montante seria fixado em 5% do valor total do Dpvat arrecadado. É importante ressaltar que a mudança não traria prejuízos a essa movimentação financeira, permitindo, entretanto, que a transferência seja feita diretamente pela seguradora.

Rateio

Ainda de acordo com o projeto, os recursos do novo fundo seriam distribuídos segundo o volume de atendimentos realizados pelos municípios, baseado em dados dos sistemas de informação do SUS. Além de não estarem sujeitos à limitação de empenho e movimentação financeira por parte do governo federal, esses créditos poderiam ser feitos até o dia 10 do mês seguinte ao do recolhimento.

O projeto atribui ao Tribunal de Contas da União (TCU) a responsabilidade de informar ao governo federal, até o último dia útil de cada exercício, os coeficientes individuais de participação de estados e municípios contemplados pelo fundo. Para o TCU cumprir essa atribuição, entretanto, o governo federal teria de publicar no Diário Oficial da União (DOU), até o dia 31 de agosto de cada exercício, as unidades de saúde que prestarem atendimento de urgência e emergência a vítimas de trânsito; os municípios onde se situam; e o volume de atendimentos feitos, com os respectivos valores de remuneração pelo SUS.

A matéria também será votada, em decisão terminativa, aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ministério da Saúde lança "Protocolos Clínicos Diretrizes Terapêuticas"

Patologias de alta prevalência no País

As formas de diagnóstico, o tratamento, a medicação e o acompanhamento de pacientes com 33 doenças de alta prevalência no país poderão ser consultados na publicação Protocolos Clínicos Diretrizes Terapêuticas, lançada nesta quarta-feira (06) pelo Ministério da Saúde em livro e CD. O objetivo é padronizar o atendimento a pacientes com estas doenças.

"Esta publicação é de extrema importância para o cotidiano do trabalho profissional à medida que amplia o acesso às informações clínicas e terapêuticas. O documento não se baseia apenas em evidências científicas, mas em narrativas dos pacientes", disse o secretário de Atenção à Saúde do Ministério, Alberto Beltrame, ressaltando a importância da humanização da saúde pública no país.

O livro com 600 páginas contém os protocolos de doenças como insuficiência renal crônica, endometriose, doença de Parkison e doença falciforme. Os protocolos abrangem cerca de 6 milhões de pessoas que sofrem de 33 tipos de doenças.

O material aborda desde a caracterização da doenças, o tratamento indicado, os medicamentos a serem prescritos, a forma de administração, o tempo de uso, os benefícios esperados e o acompanhamento necessário.

Para Beltrame, este é um passo importante para assistência médica prestada pelo SUS. "Estamos parametrizando o atendimento, para evitar a grande variabilidade clínica existente. O protocolo é melhor que a bula, pois não tem o viés da indústria farmacêutica", disse Beltrame.

O secretário destacou também que o protocolo poderá instrumentalizar a Justiça em decisões que envolvam o tratamento de determinadas doenças e auxiliar os gestores públicos na previsão de compras e redução de custos com medicamentos.

Os 10 mil livros e 10 mil CDs serão distribuídos às secretarias municipais e estaduais de Saúde, aos postos de saúde, além de entidades médicas. O documento também estará disponível no site do Ministério da Saúde para consulta pela população.

Até o final de 2010 outra publicação será concluída com os protocolos de mais 30 doenças. O trabalho é realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), de São Paulo.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SUS: Governo aumenta pagamento por cirurgias cardíacas

Medida abrange 105 procedimentos. Os reajustes chegam a 227%


Os valores pagos por cirurgias cardiovasculares na rede pública de saúde serão reajustados a partir de novembro. O anúncio foi feito nesta terça-feira (28) pelo Ministério da Saúde que informou que a medida abrange 105 procedimentos. O governo espera aumentar em 15% o número de cirurgias cardíacas no sistema público no prazo de um ano.

De acordo com o ministério, os reajustes chegam a 227%. O valor pago a um médico por uma cirurgia de ponte de safena passará de R$ 1.330 para R$ 3,8 mil, por exemplo. Para cobrir o aumento, o ministério vai investir quase R$ 100 milhões.

Os reajustes foram concedidos para as cirurgias de aorta, valvar, de revascularização do miocárdio, pediatria, procedimentos cardiovasculares, implante de marcapasso e pediatria. Em 2009, 65,4 mil cirurgias cardiovasculares foram feitas com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Leia mais:

Cirurgiões cardiovasculares negociam reajuste da tabela do SUS com o Ministério da Saúde
http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=72131

Fonte: www.saudebusiness.com.br

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Santa Casa de Pelotas/RS recebe recursos para Instituto de Traumatologia

O Governo do Estado repassou, nesta segunda-feira (27), R$ 298,5 mil para a Santa Casa de Misericórdia de Pelotas. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, os recursos são oriundos da Consulta Popular, e serão investidos na reforma de dois pavimentos para instalação do Instituto de Traumatologia do hospital.

As obras incluem a criação de 24 novos leitos para internação e oito para observação, no Bloco Cirúrgico. Ao todo, considerando o montante de R$ 366,3 mil aplicados em 2008, também pela Consulta Popular, o Governo do Estado investiu R$ 664,8 mil na construção do Instituto.

A Santa Casa é o maior hospital geral da região. Atende a comunidade de Pelotas, com uma população de aproximadamente 350 mil habitantes, e a zona Sul do Estado, que tem a cidade como referência para o encaminhamento de pacientes, sendo que mais de 60% são atendidos pelo SUS.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Guia vai ensinar médicos a dar más notícias

Livro elaborado pelo Inca, por meio de financiamento do Einstein, deve ser distribuído na rede do SUS a partir de novembro

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), por meio de financiamento do Hospital Albert Einstein, elabora livro para orientar os médicos na hora de transmitir informações sobre diagnósticos graves, recidivas (reaparecimento da doença), efeitos colaterais ou esgotamento de opções terapêuticas. O guia deve ser distribuído na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de novembro.

Segundo a coordenadora da política de humanização no Inca, Priscila Magalhães, apesar das más notícias fazerem parte da rotina dos profissionais da área, elas causam sofrimento.

"O tema é pouco abordado em faculdades. Na medicina, em geral aparece apenas nas cadeiras de psicologia médica", disse Priscila. A coordenadora afirma que muitos profissionais acabam desenvolvendo problemas psicológicos decorrentes disso.

Estudo de 2009 feito pela divisão de saúde do trabalhador do Inca mostrou que, dos 159 trabalhadores do hospital em licença, 32% tinham histórico de transtornos mentais ou de comportamento, como depressão.

Para minimizar o problema, o instituto criou uma oficina de qualificação. No ano passado, foram treinados 120 alunos de hospitais federais e universitários.

É a experiência dessa primeira turma que o livro relata. Até o fim do ano, serão mais três turmas, num total de 600 pessoas.

O projeto, financiado pelo Einstein, foi viabilizado por portaria que permite a hospitais de excelência destinar a contribuição social que deveria ser recolhida ao governo a projetos para o SUS.

*Com informações da Folha Online

Contaminação atinge 95% dos jalecos médicos

Bactéria que pode causar infecção hospitalar foi encontrada nas amostras colhidas por estudantes da PUC

Os jalecos dos médicos - indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como equipamento de proteção individual para os profissionais do setor - pode ser fonte de contaminação. Esta é a constatação de um estudo realizado por alunas da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), do câmpus de Sorocaba.

Das amostras analisadas, 95,83% estavam contaminadas. Entre os micro-organismos identificados nos jalecos está o Staphilococcus aureus, bactéria considerada um dos principais agentes de infecção hospitalar.

A proposta surgiu após a constatação de que alunos e residentes do hospital-escola do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, da rede estadual de saúde, saíam para o almoço em bares e restaurantes sem tirar o jaleco. A pesquisa foi realizada pelas alunas Fernanda Dias e Débora Jukemura, sob orientação da professora Maria Elisa Zuliani Maluf.

Foram avaliados 96 estudantes de Medicina, distribuídos nos seis anos da graduação, que atuam na enfermaria de clinica médica do hospital. A metade usava jalecos (de mangas longas) e a outra metade não.

"Essa elevada taxa de contaminação pode estar relacionada ao contato direto com os pacientes, aliada ao fato de os micro-organismos poderem permanecer entre 10 e 98 dias em tecidos, como algodão e poliéster", explicou Fernanda.

O estudo mostrou que os jalecos dos profissionais estão geralmente contaminados, principalmente nas áreas de contato frequente, como mangas e bolsos. A OMS e outras instituições de referência em biossegurança recomendam a sua utilização como uma barreira de proteção contra a transmissão de micro-organismos. No estudo, a pele da região do punho estava contaminada em 97,91% dos usuários de jaleco. Nos não usuários a contaminação era de 93,75%.

A pesquisa evidenciou que a contaminação nos usuários de jaleco não difere significativamente daqueles que não fazem seu uso. De acordo com as alunas, o estudo também revela que a prática de lavar as mãos, em ambos os grupos, não está adequada. Para ela, a falta de higiene das mãos aumenta a contaminação dos jalecos.

Os resultados mostraram ainda que o número de micro-organismos patogênicos aumentou consideravelmente nas coletas realizadas entre segunda e quinta-feira, dias de maior atividade médica. Para a orientadora, a pesquisa mostrou que o jaleco pode representar um possível veículo de transmissão de micro-organismos associado à infecção hospitalar, caso seu uso não seja aliado a cuidados.

A PUC-SP pretende aprofundar os estudos para encaminhá-los à OMS.

Fonte: www.saudebusiness.com.br

Governo dos EUA incentiva uso de TI na saúde

Número de profissionais de saúde que utilizam a prescrição eletrônica cresce em ritmo acelerado

Cerca de 200 mil médicos norte-americanos enviam prescrições para farmácias por meios eletrônicos. A "e-prescrição" recebeu R$ 46 bilhões em incentivos do governo para que a transição digital de registros fosse acelerada.

O número de profissionais de saúde que aderiram a essa prática multiplicou-se nos últimos anos. Em 2008, eles chegavam a 74 mil, totalizando 156 mil em 2009, segundo dados da rede de prescrição eletrônica SureScripts.

Segundo a empresa, 47 dos 50 estados americanos mais que dobraram o uso da "e-prescrição" no ano passado. Em Massachusetts, 57% dos médicos adotaram o sistema e prescrevem eletronicamente uma em cada três receitas.

Incentivo político

O presidente Barack Obama vê a Tecnologia da Informação como um aliado importante no plano de cortar custos do sistema de saúde dos Estados Unidos.

Em 2009, o Congresso americano autorizou um financiamento para promover os registros eletrônicos de saúde, como parte do pacote de estímulo econômico. Os incentivos serão pagos até 2015 e os fornecedores enfrentarão sanções caso não adotem a nova tecnologia.

Dessa forma, muitos médicos devem mudar definitivamente para as prescrições eletrônicas, a fim de evitar erros médicos causados pela má caligrafia e por interações medicamentosas prejudiciais.

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Fonte: http://www.saudebusiness.com.br/

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Albert Einstein recebe certificado de sustentabilidade

Edifício adota medidas como controle do ar e redução do consumo de água e energia

O Pavilhão Vicky e Joseph Safra, parte da Unidade Morumbi do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), recebeu a certificação LEED Gold. Criada pelo U.S. Green Building Council, o documento qualifica o desempenho de edifícios sustentáveis.

A qualificação de um edifício certificado LEED pode ser obtida em nos níveis Certified, Silver, Gold e Platinum. A avaliação Gold leva em conta reduções no consumo de água e energia; cuidados na utilização de materiais, em função do seu conteúdo e características de emissão de poluentes; respeito à vizinhança durante a obra e na implantação do edifício; diminuição da carga sobre as redes de drenagem de águas pluviais da cidade; alta qualidade e controle do ar interno; e redução do efeito de ilha de calor na região.

Segundo Antonio Carlos Cascão, diretor de Obras e Infraestrutura da instituição, o programa hospitalar apresenta desafios adicionais para a certificação LEED.

"Os requisitos técnicos e de segurança são bastante restritivos e a demanda por água e energia, superiores aos de outros programas, como escritórios e escolas", diz.

Com aproximadamente 70 mil m² distribuídos em dez andares ocupados e seis de estacionamentos, o edifício conta com mais de 200 consultórios médicos, centro de diagnósticos completo, centro cirúrgico de alta tecnologia, serviços de endoscopia e oftalmologia.


Fonte: www.saudebusiness.com.br

Ranking revela os melhores hospitais da América Latina

HEMORIO É REACREDITADO PELA JCI/CBA
Ranking revela os melhores hospitais da América Latina: 40% deles são acreditados pela JCI

Por: Cristina Miguez
SB Comunicação - Rio de Janeiro/RJ


O Hemorio acaba de ser reacreditado pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), representante exclusivo no Brasil da Joint Commission International (JCI), maior agência acreditadora em saúde do mundo.


Especializado no tratamento de doenças de sangue, o Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti, mais conhecido como Hemorio, foi acreditado pela primeira vez em 30 de novembro de 2001. De lá para cá, o Hemorio passou por três avaliações para reacreditação. A reacreditação concedida agora pelos avaliadores e técnicos da JCI/CBA vale até 11 de setembro de 2013.

No mês de setembro, o Hospital 9 de Julho, em São Paulo, deu início ao processo de educação e preparação para acreditação internacional CBA/JCI.

Atualmente, o CBA tem 24 instituições brasileiras acreditadas internacionalmente pela JCI e outras 90 em processo de preparação para a acreditação.

Os melhores da América Latina

A consultoria América Economía Intellegence acaba de divulgar pesquisa feita com hospitais públicos, universitários e privados da América Latina, avaliando qualidade e gestão dos serviços prestados, segundo critérios internacionais. O ranking, elaborado pelo segundo ano consecutivo, traz uma listagem com as 20 melhores instituições da América Latina, 40% delas são acreditadas pela Joint Commission International.

O resultado mostra a qualidade das instituições, que foram avaliadas nos quesitos segurança do paciente, capital humano, capacidade, eficiência, gestão do conhecimento e prestígio. Seis hospitais brasileiros estão entre os 20 melhores: Hospital Israelita Albert Einstein (SP), Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), Hospital Sírio-Libanês (SP), Hospital São Vicente de Paulo (RJ), Hospital Bandeirantes (SP) e Hospital das Clínicas de São Paulo (SP), sendo os quatro primeiros detentores da acreditação internacional da JCI. Os outros hospitais que fazem parte do ranking e são acreditados pela JCI são: Clínica Alemana (Chile), Clínica Las Condes (Chile), Fundación Santa Fe de Bogotá (Bogotá) e Hospital Clínica Bíblica (Costa Rica).

O estudo foi publicado este mês na revista AmericaEconomía e pode ser acessado através do site www.americaeconomia.com/ranking-clinicas-2010.

"Hematologistas estão aptos a cuidar de tumores líquidos"

Ministério da Saúde confirma, "Hematologistas estão aptos a cuidar de tumores líquidos"

O Ministério da Saúde foi consultado pela SESAU sobre o tratamento de pacientes infantis com tumores líquidos, o mesmo confirmou que os hematologistas estão aptos a cuidar dos pacientes e tem qualificação suficiente para diagnóstico clínico e definitivo para o tratamento das hemopatias (doenças do sangue) benignas ou malignas de crianças, adolescente, adultos ou idosos.

O parecer foi da coordenadora geral de gestão assistencial do Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde, Dra. Maria Adelaide de Sousa Werneck.

A consulta foi realizada devido algumas denúncias a respeito do atendimento prestado a pacientes infantis portadores de tumores líquidos no Hospital Geral de Palmas (HGP).
Qualificações

Segundo as informações do parecer do Ministério da Saúde, o oncologista pediátrico só terá qualificação para atender aos casos de crianças com tumores líquidos se o mesmo tiver um treinamento específico em hematologia, sendo que esse treinamento é suficiente para a suspeita clínica e o tratamento, mas não para o diagnóstico definitivo de hemopatias benignas ou malignas de crianças.

Cumprimento à Secretaria do Tocantins

No mesmo parecer a coordenadora cumprimentou a SESAU.
“Congratula-se a Secretaria de Saúde do Tocantins, pois usou de sua autoridade de gestão com habilidade, quando coloca em seu memorando: atendimento prioritário e proibitivo, e atenção para ação conjunta da equipe multidisciplinar”.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cai número de mortes entre gestantes

Apesar do progresso, declínio anual deveria ser maior

O número de mulheres que morrem devido a complicações durante a gravidez e o parto, em todo o mundo, caiu 34% em 18 anos. Em 1990, o total estimado era de 546 mil mulheres, contra 358 mil em 2008.

A informação faz parte do estudo "Tendências na Mortalidade Maternal", divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e Banco Mundial.

Apesar do progresso, a taxa de declínio anual corresponde a 2,3%, menos da metade do que foi estabelecido para alcançar a Meta do Milênio de reduzir a mortalidade maternal em 75% entre 1990 e 2015. Para chegar a esse resultado, o declínio por ano deveria ser de 5,5%.

As quatro principais causas de mortes em gestantes são: sangramento intenso após o parto, infecções, distúrbios de hipertensão e aborto em condições inadequadas. Em 2008, cerca de mil mulheres morreram devido a essas complicações por dia. Dessas, 570 moravam na África subsaariana, 300 no sul da Ásia e apenas cinco em países desenvolvidos.

Segundo a pesquisa, o risco de uma mulher em um país em desenvolvimento, como o Brasil, morrer por causas relacionadas à gravidez é 36 vezes superior se comparada a uma gestante de um país desenvolvido.

Fonte:www.saudebusiness.com.br

Taxa de mortalidade por câncer entre mulheres cai 10,5%

Estudo da USP mede queda no período entre 1980 e 2004. Entre os homens, a redução foi de 4,6%

A taxa de mortalidade por câncer entre mulheres nas capitais brasileiras caiu 10,5% no período entre 1980 e 2004, segundo pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) publicada na revista da Associação Médica Brasileira. Entre os homens, a redução foi de 4,6%, ao longo dos 25 anos estudados. É uma das mais longas séries históricas sobre mortalidade por câncer com dados nacionais, e não regionais.

Em 1980, morriam por causa de câncer 105 mulheres a cada 100 mil habitantes. Em 2004, a taxa havia caído para 94 por 100 mil. Entre os homens, essa queda foi mais discreta - de 147,4 para 140,6 por 100 mil. O que mais contribuiu para essa redução foi a queda da mortalidade do câncer de estômago, afirma o médico Luiz Augusto Marcondes Fonseca, pesquisador do Departamento de Medicina Preventiva, que divide a autoria do trabalho com dois especialistas, os professores José Eluf-Neto e Victor Wunsch Filho.

"Possivelmente está diminuindo a incidência (de câncer de estômago) e isso ocorre em boa parte do mundo. Câncer é doença de longa produção, então o que se pensa é que a qualidade da comida está melhorando. Para preservar os alimentos, não se usa mais salgar ou defumar, que produzem substâncias carcinogênicas, por que se tem a geladeira", afirma o especialista. A mortalidade de homens e mulheres por causa dessa doença foi cortada pela metade: a masculina caiu de 25 por 100 mil para 13 por 100 mil, e a feminina, de 12 por 100 mil para 6 por 100 mil habitantes.

Por outro lado, houve um aumento pequeno na taxa de mortalidade de mulheres por câncer de colo de útero e pulmão. Nos homens, subiu a mortalidade por câncer de próstata. "É correta a estratégia do Ministério da Saúde de focar campanhas que tratem da saúde do homem. Historicamente, sempre se teve programa de saúde infantil, materno-infantil, saúde da mulher. E o homem é quem menos se cuida", diz Fonseca.

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Hospital adota checklist para minimizar riscos

Procedimento visa garantir a segurança do paciente em cirurgias

O Hospital São Vicente de Paulo, do Rio de Janeiro, implementou o Programa Cirurgia Segura Salva Vidas. Desenvolvido a partir de recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o programa contempla uma série de procedimentos a ser realizados antes e após todas as cirurgias complexas, para minimizar riscos mais comuns e evitar complicações.

Com o projeto, sempre que uma equipe entrar em uma sala de cirurgia, será coordenada por um profissional responsável pela aplicação de um questionário. O checklist contém questões para identificar o número de compressas usadas no procedimento, conferir o material usado no procedimento, confirmar se o paciente é realmente o que fará determinada cirurgia e quais são suas alergias, entre outras.

Segundo Monica Resano, coordenadora do programa Cirurgia Segura no Hospital São Vicente, além de aumentar o índice de segurança do paciente, o Programa busca padronizar os procedimentos cirúrgicos do hospital.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cinco hospitais se unem por turismo médico

Albert Einstein, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz, Samaritano e HCor – membros do chamado G5 – vão vender a medicina de São Paulo para estrangeiros

Concorrentes no mercado de saúde brasileiro, os hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz, Samaritano e Hospital do Coração uniram forças para garantir uma fatia do mercado mundial de turismo médico, que movimenta por ano cerca de 60 bilhões de dólares. Nesta quinta-feira, pela primeira vez, membros do chamado G5 se reuniram para vender a medicina de São Paulo para estrangeiros em busca de tratamento bom e barato.

O encontro ocorreu durante o Medical Travel Meeting, que reúne até este sábado os principais atores desse setor em crescimento no País. Estima-se que em 2005 48 mil estrangeiros buscaram tratamento médico no Brasil – a maioria deles cirurgia plástica. Entre 2007 e 2009, segundo a Deloitte Center for Health Solutions, foram cerca de 180 mil. Na Tailândia, apenas em 2007, esse número chegou a 1,2 milhão.

Por perceber um mercado potencial que vai muito além da medicina estética, os membros do G5 criaram nos últimos anos departamentos de relações internacionais com profissionais bilíngües para receber os visitantes, que representam até 5% dos atendimentos. “Cuidamos de todos os detalhes, como hotel, transporte e até passeios turísticos para acompanhantes”, diz Gilberto Galletta, gerente de relações internacionais do Sírio-Libanês.

Com foco no atendimento de alta complexidade, como cirurgia cardíaca, oncologia e neurologia, os hospitais firmam convênios com operadoras de saúde internacionais – para as quais muitas vezes é mais barato trazer o segurado para o Brasil do que levá-lo aos EUA, por exemplo.

Interesse – Outra iniciativa comum é a expansão da capacidade de atendimento. “Os cinco somam hoje 1,5 mil leitos, mas trabalhamos com taxa de ocupação entre 85% e 90%”, afirma Paulo Ishibashi, diretor comercial do Einstein. Porém, o faturamento somado das instituições, de 1,5 bilhão de dólares ao ano, lhes dá uma capacidade de crescimento que explica o interesse em abocanhar o mercado internacional.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Projeto visa reduzir gastos e carência de leitos no País

Proposta determina também que as instâncias gestoras do SUS promovam cursos regulares de formação de cuidadores domiciliares


A Câmara analisa o Projeto de Lei 7702/10, da deputada Tonha Magalhães (PR-BA), que obriga o Poder Público a fornecer gratuitamente, após alta hospitalar, alimentos especiais, fraldas e outros insumos necessários à manutenção da saúde de pessoas de baixa renda.

De acordo com o texto, a assistência fica condicionada à comprovação, pelas autoridades competentes, das necessidades físicas e materiais do paciente, que obrigatoriamente precisa ser diagnosticado em quadro clínico irreversível, decorrente de doença crônica, de acidente ou de outros infortúnios.

Segundo a autora, a proposta pretende reduzir gastos e de alguma forma aliviar a carência de leitos hospitalares no País. "Vários estudos comprovam que os gastos com internações de longo prazo são muito maiores do que os necessários para atender os pacientes em seus domicílios", diz a deputada.

Cuidadores domiciliares

Ela defende que o simples fornecimento de fraldas, alimentos e outros materiais e insumos pode assegurar o conforto e a saúde das pessoas em suas próprias casas, evitando ocupações desnecessárias de leitos nos hospitais.

O projeto determina também que as instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), em suas respectivas esferas de governo, promovam cursos regulares de formação de cuidadores domiciliares.

Tramitação

O projeto será analisado em caráter conclusivo se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário. pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Funasa e Furg promovem seminário sobre saneamento e resíduos sólidos

A Coordenação Regional da Funasa no Rio Grande do Sul (Core/RJ), junto com a Universidade Federal de Rio Grande (Furg), promoverá na próxima quinta e sexta-feira (19 e 20), o Seminário Regional: Saneamento e Gestão Pública de Resíduos Sólidos. O evento integra a programação do 41º aniversário da Furg e acontecerá no auditório do Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMAR), em Rio Grande (RS).

Durante o encontro, que reunirá prefeitos, secretários, estudantes, lideranças comunitárias e ambientalistas, será apresentada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em julho pelo Congresso Nacional, e seus impactos nos municípios. Os participantes debaterão, ainda, investimento para o setor, manejo adequado e destino dos resíduos sólidos, coleta seletiva, reciclagem e geração de energia.

Na tarde da quinta-feira (19), dia da abertura do seminário, Manoel Maria Henrique Nava Jr, engenheiro da Coordenação de Programas de Saneamento em Saúde da Funasa/Presidência fará uma exposição sobre a política da instituição para os resíduos sólidos. O coordenador regional, Gustavo Mello, também estará presente no encontro.

Uma das palestrantes, a professora Helena Ribeiro, diretora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), vai abordar a “Coleta Seletiva com Inclusão Social”, resultado de uma pesquisa realizada com financiamento da Funasa e publicada em livro.

Apoiam a realização do seminário a Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) e o Consórcio Público do Extremo Sul (Copes), que foi constituído ano passado com 20 municípios e a cooperação técnica da Funasa.

Médicos residentes do SUS de todo País entram em greve

Reivindicação é por garantia do pagamento do auxílio moradia e alimentação; 13º bolsa-auxílio; jornada de 60 horas semanais; etc

Os médicos residentes que atuam no Sistema Único de Saúde de todo o País entrarão em greve nesta terça-feira (17) pelo reajuste de 38,7% na bolsa-auxílio de R$ 1,9 mil - congelada há quatro anos neste mesmo valor.

Uma negociação vem sendo reivindicada desde abril último com os ministérios da Saúde e da Educação. Os residentes também solicitam a garantia do pagamento do auxílio moradia e auxílio alimentação, conforme estabelece a Constituição Federal; 13º bolsa-auxílio; cumprimento de jornada de 60 horas semanais, conforme previsto pela lei da residência médica e, melhores condições de trabalho.

Fonte: http://www.saudebusiness.com.br/

Marinha abre 584 vagas para técnico em administração, administração hospitalar, entre outras

A Marinha lançou edital para 584 vagas para o corpo auxiliar de praças. O candidato deve ter nível técnico na área a que concorre, concluído até 5 de julho de 2011, e idade entre 18 e 25 anos no dia 1º de janeiro de 2011 (nascidos entre 2 de janeiro de 1986 e 1º de janeiro de 1993) - veja aqui o edital.

As inscrições devem ser feitas das 8h de 23 de agosto até as 23h59 de 23 de setembro pelo site www.ensino.mar.mil.br ou nas organizações militares listadas no edital, das 8h30 às 16h30. A taxa é de R$ 20.

O processo seletivo é composto por prova escrita de conhecimentos profissionais, prova de expressão escrita, verificação de dados biográficos preliminar, seleção psicofísica, teste de suficiência física, exame psicológico e curso de formação, com duração de quatro meses, com início previsto para 3 de agosto de 2011.

A primeira etapa será aplicada em novembro, em data a ser definida. As provas serão aplicadas nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Vila Velha (ES), Salvador (BA), Natal (RN), Olinda (PE), Fortaleza (CE), Belém (PA), São Luís (MA), Rio Grande (RS), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Ladário (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP), Manaus (AM) e Santos (SP).

Áreas com vagas
As vagas são para técnico em administração, administração hospitalar, contabilidade, desenho de arquitetura, desenho mecânico, edificações, eletrônica, eletrotécnica, enfermagem, estatística, estruturas navais, geodésia e cartografia, gráfica, higiene dental, mecânica, metalurgia, meteorologia, motores, nutrição e dietética, patologia clínica, processamento de dados, prótese dentária, química, radiologia médica, secretariado e telecomunicações.

O Corpo Auxiliar de Praças destina-se a suprir a Marinha com praças que ocupem cargos relativos às áreas de administração, de hidrografia, de informática, de saúde e de manutenção.

O candidato aprovado no processo seletivo realizará o curso de formação para exercer funções no Serviço Ativo da Marinha.

O candidato será matriculado no curso como praça especial, no grau hierárquico de grumete, e ao conseguir aprovação no curso, que terá a duração de até 17 semanas, será nomeado cabo do Corpo Auxiliar de Praças.

A seguir será designado para servir em uma Organização Militar (OM) da Marinha, situada em qualquer unidade da federação, de acordo com as suas qualificações e atendendo à conveniência do serviço, onde cumprirá um estágio inicial, destinado à avaliação do desempenho ao longo do primeiro ano de serviço. A última graduação na carreira de praça é a de suboficial.