terça-feira, 31 de julho de 2012

O Cirurgião Plástico José Badim será homenageado pela SBCP/RJ

Por: Marcelo Egypto 
SB Comunicação/RJ



 
Com mais de 50 anos de profissão, José Badim é homenageado pela SBCP

O cirurgião plástico José Badim, fundador do Hospital Badim (RJ), será homenageado durante a 31ª Jornada Carioca de Cirúrgia Plástica, evento organizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica do Rio de Janeiro (SBCP-RJ), no dia 1º de agosto. José Badim, que foi o primeiro cirurgião a realizar um implante de mão no Brasil e também o primeiro a realizar reimplante de couro cabeludo, discursará para referências em cirurgia plástica no Estado. “Como acadêmico, sou responsável pela formação de muitos profissionais, além de ter colaborado com diversos estudos na área de cirurgia plástica. Sinto-me honrado pelo convite e reconhecimento”, afirma Badim.

A carreira

Formado pela Faculdade Nacional de Medicina (RJ), em 1956, José Badim passou quase sete anos da sua vida nos EUA, onde fez residência médica e especialização em cirurgia plástica. Foi naquele país que começou a se dedicar à Academia, sendo professor-assistente na Universidade do Estado de Nova Iorque, área que também ocupou parte de seu tempo na volta ao Brasil. Dr. Badim, como é conhecido, foi professor da Faculdade Nacional de Medicina por dez anos, além de ser docente em cursos livres e de pós-graduação em cirurgias plásticas, já como membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Com mais de cem trabalhos científicos publicados, o médico é autor do livro Princípio de Cirurgia Plástica.

Além da sua atuação na área acadêmica, José Badim também participou de momentos históricos da profissão, como o caso do incêndio na Petrobrás, em 1970, que deixou inúmeros mortos e feridos. Na ocasião, Badim organizou um mutirão para socorrer as vitimas. “Mais de 70 pacientes se queimaram seriamente. Evidentemente, alguns faleceram em decorrência da gravidade do problema, mas muitos ficaram vivos e até hoje me procuram para consultas”, conta orgulhoso.

Em meio à vida agitada que a profissão exige, José Badim ainda encontrou tempo para ‘dar asas’ a um sonho: erguer mais um hospital, desta vez com seu próprio nome. Assim surgiu há treze anos o Hospital Badim, loocalizado na Tijuca (RJ).

O Hospital Badim tem 8.000m² de área construída, distribuídos em 10 pavimentos, 55 leitos em quartos individuais e 23 leitos em enfermarias com dois leitos, Centro de Tratamento Intensivo com 35 leitos, Centro Cirúrgico com cinco salas e sala de recuperação pós-anestésica, Centro de Diagnóstico 24 horas, Emergência 24 horas, Day Clinic, setor de nutrição próprio, serviço de fisioterapia com equipe multidisciplinar e profissionais especializados para atendimento aos pacientes internados no CTI, quartos e emergência, e ainda, um staff de 60 médicos em mais de 20 especialidades e dois pavimentos com 100 vagas de garagem.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Hemocentro de Palmas/TO realiza projeto Doador do Futuro na Flit


H

Por: Íris Silva
Ascom/SESAU
12/07/2012
Com o objetivo de sensibilizar crianças, jovens, familiares e participantes da Flit – Feira Literária Internacional do Tocantins sobre a doação voluntária de Sangue, a Hemorrede Tocantins, por meio do Hemocentro coordenador de Palmas, realiza de 13 a 15 de julho, o projeto “Doador do Futuro” que tem como tema “Alegria para quem Doa Vida”. As ações de conscientização acontecem no estande da Sesau - Secretaria de Estado da Saúde, localizada na estação Ararinha Azul.

Quem visitar o local terá a oportunidade de tirar dúvidas sobre doação voluntária de sangue, receber informativos, participar do show de mágica, pintura artística em crianças, e concursos de desenho para crianças e de frase para adolescentes.

De acordo com a organização do evento, o desenho e frase vencedora serão estampados nas camisetas da Campanha em comemoração ao Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue que acontece no dia 25 de novembro.

O projeto “Doador do Futuro” está no terceiro ano e tem como principal meta conscientizar a população, e desta forma garantir os estoques de sangue na Hemorrede
do Estado.
Programação
Dia 13/07
Ø  11 às 12h; 13 às 14h; 15h às 16h - Pintura no rosto das Crianças;
Ø  15h30  às 16h30     -  Mágico;
Ø  Frases dos Adolescentes - Todos os horários;
Ø  10h às 22h - Projeto Doador do Futuro: Tema: Alegria para quem Doa Vida;
§  Promoção Cultural: Crianças (Desenhos sobre a Doação de Sangue);
§  Promoção Cultural: Jovens (Frases sobre a Doação de Sangue);
Dia  14/07
Ø  11 às 12h; 13 às 14h; 15h às 16h - Pintura no rosto das Crianças;
Ø  15h30 às 16h30     -  Mágico;
Ø  10h às 22h - Projeto Doador do Futuro: Tema: Alegria para quem Doa Vida;
§  Promoção Cultural: Crianças (Desenhos sobre a Doação de Sangue);
§  Promoção Cultural: Jovens (Frases sobre a Doação de Sangue);
Dia 15/07
Ø  11 às 12h; 13 às 14h; 15h às 16h - Pintura no rosto das Crianças;
Ø  15h30 às 16h30     - Mágico;
Ø  Frases dos Adolescentes - Todos os horários;
Ø  10h às 22h - Projeto Doador do Futuro: Tema: Alegria para quem Doa Vida;
§  Promoção Cultural: Crianças (Desenhos sobre a Doação de Sangue);
§  Promoção Cultural: Jovens (Frases sobre a Doação de Sangue).

Rede de franquia promete reduzir lixo hospitalar no Brasil

Nova franquia, que terá a marca Usilix, visa atender um mercado de mais de 30 mil unidades de saúde que produzem resíduos e cuja destinação final não está, na maioria dos casos, adequadamente resolvida

 

Rede de franquia Usilix, que será lançada em agosto, promete ter capacidade para incinerar de 3,6 a 15 toneladas de resíduos tóxicos por dia em sete estados brasileiros, contribuindo para o fim dos lixões
Ao fazer o descarte de resíduos comuns em aterros sanitários é preciso levar em conta uma série de cuidados que passam a ser muito mais minuciosos quando se trata de lixo hospitalar.
Para reduzir os prejuízos que esse tipo de lixo pode trazer ao meio ambiente, o executivo Wesley Guedes de Morais conta que duas empresas de franquia, a Emporium e a Usilix Brasil, com experiência na Ásia e Europa, se uniram para criar a primeira rede de franqueados brasileira para reciclagem e incineração de lixo hospitalar.
Segundo Morais, a nova franquia, que terá a marca Usilix, contará com exaustores com capacidade para reduzir em mais de 96% o volume de resíduos para cerca de 4% de cinzas inertes totalmente inócuas à saúde.
“O nosso objetivo é atender a um mercado de mais de 30 mil unidades de saúde que produzem resíduos e cuja destinação final não está, na maioria dos casos, adequadamente resolvida”, diz.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que apenas entre 1% e 2% de todo o lixo hospitalar gerado é incinerado, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, esse volume chega a 60%, explica Morais, lembrando que esse modelo de negócio contribuirá também para que as empresas atendam à Lei Federal 12.305/10, cujo texto prevê a eliminação dos lixões de todos os municípios brasileiros até 2014.
A franquia será lançada no início de agosto nos estados do Amazonas, do Mato Grosso, de Pernambuco, de São Paulo, do Rio Grande do Sul, do Ceará e do Paraná, com uma previsão de incinerar entre 3,6 toneladas e 15 toneladas de lixo por dia.
Uso dos resíduos
O executivo diz também que terá parcerias com hospitais e outros estabelecimentos que geram resíduos.
“Isso significa que o interessado em ter uma franquia não precisará se preocupar em coletar o lixo. Os próprios estabelecimentos fazem a segregação prévia do material e cuidam do envio para nossas unidades”, diz, detalhando que é preciso um investimento da ordem de R$ 1,6 milhão para adquirir uma franquia.
Segundo Morais, os exaustores usam uma tecnologia que se ajusta às resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), referente aos processos e procedimentos que conduzem à minimização do risco à saúde pública.
Por conta disso, os modelos dispõem de um sistema de pré-trituração dos resíduos que otimiza o processo de queima em altas temperaturas e preserva o ambiente por meio do tratamento integral dos resíduos sólidos.
“A tecnologia é tão nova que pesquisadores da USP ainda estudam o que pode ser feito com as cinzas inertes, mas já podemos recomendar sua utilização para indústrias de adubo, pisos e asfalto”, comenta Francisco Guedes de Morais, também sócio-diretor da Usilix.
Outro benefício oferecido aos franqueados é a oportunidade que terão em economizar energia. O funcionamento de todo o sistema é regido pelo princípio da autocombustão, que permite a utilização da própria queima dos resíduos como fonte complementar de energia.
“Entre 25% a 30% de todo o lixo hospitalar é composto por derivados do petróleo como o plástico, que proporciona combustão suficiente para a queima dos próprios resíduos”, explica o engenheiro Edward Radzycky, da Usilix Brasil.
Dependendo do grau de atividade, há plantas que funcionarão 24 horas por dia, e essa economia de energia deve pesar na hora de o interessado aderir a esse modelo de negócio.
De acordo com Jefferson Ramirez, diretor comercial da Emporium e consultor de franquias da Usilix Brasil, ainda há outras vantagens. “Além da receita oriunda dos resíduos hospitalares, deve-se considerar os ganhos com a venda de parte do material residual como insumo na fabricação de adubo, asfalto e pisos antiderrapantes, e a receita em crédito de carbono”, afirma.

Fonte: saudeweb.com.br

terça-feira, 22 de maio de 2012




O Deputado Estadual Amélio Cayres parabenizou com uma moção de Aplausos o diretor do Hospital Infantil de Palmas e a diretora de enfermagem por suas ações realizadas

O Deputado Amélio Cayres apresentou uma moção de aplauso, na seção realizada na manhã do dia 16 de maio, ao Sr. Giovani Luis Padão Merenda, diretor do Hospital Infantil de Palmas, e a Srª. Ivanete Prestres Roberti diretora de enfermagem do mesmo, pelas ações realizadas na semana da enfermagem.
A moção se justifica, pois o Sr. Giovani Luis Padão Merenda, diretor do Hospital Infantil de Palmas, e a Srª. Ivanete Prestes Roberti, diretora de enfermagem do mesmo, realizaram uma sequencia de ações em prol da comunidade carente juntamente com toda a sua equipe de profissionais da saúde, em comemoração a semana de enfermagem com a finalidade de amenizar as angustia e os sofrimentos tanto dos pacientes deste hospital, quanto de uma parcela da sociedade, que tanto necessita de apoio e atendimento de saúde.
Fica então registrado o sincero reconhecimento por parte do Deputado Amélio Cayres, para toda a equipe do Hospital Infantil de Palmas que é dirigida pelo o Diretor Giovani Luiz Padão Merenda, e a Srª. Ivanete Prestres Roberti diretora de enfermagem, que essas ações sirvam de exemplo para todos os órgãos deste seguimento.

Fonte: www.ameliocayres.com.br

 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

“25% do que é gasto no mundo é investido na saúde”

Por: Saúde Web

Para o secretário Carlos Augusto Gadelha, a raiz do problema está na carência em tecnologia e conhecimento. "Para crescermos, o sistema de inovação tecnológica tem de ser priorizado"
               Carlos Augusto Gadelha – Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, do Ministério da Saúde
O Plano Brasil Maior e o incentivo à inovação tecnológica em saúde foram temas amplamente debatidos, na manhã desta quinta-feira (10), no Senado Federal, durante o IV Fórum Nacional de Inovação Tecnológica na área de Saúde no Brasil. Na ocasião, Carlos Augusto Gadelha lembrou que o sistema de saúde no Brasil mobiliza mais do que o agronegócio, o que, segundo ele, já sinaliza o setor como estratégico para o crescimento econômico do país. “25% do que é gasto no mundo é investido na saúde”, destacou o secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do MS. “A raiz do problema é a nossa carência em tecnologia e conhecimento. Para crescermos, o sistema de inovação tecnológica tem de ser priorizado”.
O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Antonio Elias, por sua vez, elogiou a atuação do ex-presidente Lula com relação ao estímulo dado às cadeias produtivas em todas as áreas no país. “As economias que se desenvolveram, se desenvolveram a partir da ciência e da inovação”, apontou. Em conformidade com Gadelha – quanto à saúde como setor estratégico ao desenvolvimento brasileiro -, Luis Elias defendeu a inovação tecnológica como a ação estratégica nesse sentido. “Países como o Brasil têm que reduzir o hiato tecnológico, inexistente nos países mais avançados”, finalizou.
Representante da FINEP, Eliane Britto Bahruth explanou acerca da transformação do Brasil por meio da inovação. Eliane destacou o Plano Brasil
Maior, ressaltando a infraestrutura e a pesquisa como alicerces do mapa estratégico para o avanço tecnológico.
Marcos Vinicius de Souza, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, destacou, na ocasião, as três etapas para ser inovador. “pessoal qualificado, mercado com crescimento do consumo e baixa de juros, e apoio do governo”.
PPPs
O senador Humberto Costa – presidente da Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde – citou a saúde como pauta prioritária no Senado Federal. Os deputados federais, Luiz Henrique Mandetta – presidente da comissão de seguridade social e família – e Newton Lima – presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional – também destacaram a importância da interação entre as pastas de Saúde e Ciência e Tecnologia para o avanço do setor no Brasil. “A parceria público-privada é essencial para o crescimento do país”, acrescentou, Mandetta.
Patentes
Participou da segunda parte do Fórum, Núbia Gabriela Benício, chefe de divisão de fármacos do INPI. Segundo Núbia, o Instituto vem trabalhando no sentido de alcançar maior celeridade nos pedidos de patentes. “Vislumbramos dar prioridade a produtos farmacêuticos utilizados pelo SUS, retirando-as da fila. Isso, é claro, com a parceria do Ministério”, enfatizou.
Academia x Empresariado
Do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ, a professora Bartira Rossi Bergmann discorreu sobre a necessidade de interação entre universidades e empresas para a ampliação da pesquisa e desenvolvimento (P&D). “Há uma mudança de paradigma, que ocorreu principalmente pelo aporte financeiro governamental às pesquisas em áreas estratégicas para o país na última década. É preciso agora instaurar meios para agilizá-la abrindo os gargalos, adequando unidades em instituições de pesquisa de acordo com as normas GLP para um eficiente desenvolvimento tecnológico”, afirmou.
Diretor da ABIFINA, Odilon Costa destacou a motivação do cidadão brasileiro como combustível indispensável ao crescimento do país. “É preciso reagir, questionar para crescer. Não devemos deixar essa motivação se apagar”, citou por várias vezes em seu discurso.
O evento reuniu representantes de três Ministérios – da Saúde, da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -, do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), da Financiadora de Estudos e Projetos do Governo Federal (FINEP), da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (ABIFINA), do Instituto de Biofísica Carlos Chagas da Universidade do Rio de Janeiro e do Congresso Nacional. O debate foi moderado pelo diretor de Assuntos Corporativos da MSD Farmacêutica, João Sanches.

Fonte: saudeweb.com.br

Solução para o setor está na rede, diz Eugênio Vilaça Mendes

Por: Maria Carolina Buriti para a revista FH

Eugênio Mendes, autor do livro “As Redes de Atenção Primária à Saúde”, diz que, apesar do sistema de saúde brasileiro ter o modelo público universal, ele está se tornando, cada vez mais, parecido com o dos EUA, que une altos gastos e ineficácia

Eugênio Vilaça Mendes: O senador brasileiro, por exemplo, não está votando o sistema dele. Está votando o recurso para o pobre, o dele já está garantido, pois tem um sistema separado 

 

“Políticas públicas exclusivas para pobres são políticas pobres”. A frase de William Beveridge aponta o desafio do financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), cujo modelo foi justamente inspirado nos princípios beveridianos da universalidade da saúde. Quem o cita é o ex- consultor da Organização Pan- Americana da Saúde (OPAS), Eugênio Vilaça Mendes para exemplificar a importância do recurso para o sistema de saúde e o desafio do modelo. “Se não desatar o nó do financiamento do SUS, o Brasil caminhará para a segmentação e teremos muitos problemas pela frente à semelhança dos EUA”, afirma.
Dentista de formação e com especialização em planejamento de saúde, Mendes trabalhou por 11 anos junto à OPAS/OMS na área de desenvolvimento de sistemas e serviços de saúde, onde teve acesso aos modelos de saúde de vários países. Mineiro e morador de Belo Horizonte (MG), hoje, atua como consultor de saúde pública. Por telefone, de sua casa em BH, ele conversou com FH, e os principais trechos da entrevista você confere a seguir.

FH: O SUS é uma conquista para o Brasil. Se por um lado o sistema de saúde universal é admirado e até comparado aos modelos de saúde da Europa, temos um sistema de saúde suplementar que se aproxima cada vez mais do norte-americano quando se compara o aumento da especialização. Na América Latina, temos o exemplo da colombiano e o chileno. Qual é o caminho que o Brasil poderá seguir?


Eugênio Vilaça Mendes:

Na realidade, na experiência internacional existem dois grandes modelos. Um deles é o sistema público universal, presente em vários países e caracterizado pelo Estado provedor de ampla carteira de serviços públicos. Essa provisão pode ser feita por meio de impostos gerais, é o chamado modelo beveridgiano (William Beveridge). Ele está no Canadá, Dinamarca, Espanha, Portugal, Suécia, Reino Unido, Itália e Noruega. Tem outro grupo de sistema público universal que é o bismarckiano (Otto Leopold Edvard von Bismarck), que surgiu na Alemanha e está também na França e Holanda. Ele é provido, fundamentalmente, por seguro público universal. São esses modelos que são presentes em quase toda a Europa e Canadá.
Por exemplo, no modelo universal público no Canadá, o que o governo puder prover gratuitamente, o setor privado compete com o estado. No modelo público universal, o estado é efetivo, porque só pode ir ao sistema privado adquirir certos serviços que o público não oferece.
Também temos o segmentado e um exemplo dele é o americano. Lá existem modelos distintos são sistemas substitutivos não complementares. Existe o Medicaid, para os pobres, e o Medicare para os idosos, e as operadoras de planos privados, que são responsáveis pela maior parte da saúde, e como no Brasil são pessoas vinculadas às empresas ou a família adquire um plano privado.
Esses são os dois modelos mais claramente definidos no mundo. Em função dos problemas que o modelo segmentado tem nos Estados Unidos, alguns especialistas como Alain Enthoven, desenvolveram uma terceira via: a management competion, ou competição gerenciada. Nesse modelo há dupla competição, o estado disputa com o setor privado enquanto operadoras competem também pelo serviço. Ele foi testado na Colômbia e alguns desses fundamentos foi aplicado no Chile. Enfim, existe dois modelos com muitos anos e avaliações desta proposta. Na Colômbia, onde ele foi mais elaborado e testado, o sistema está em uma crise fortíssima.
FH: Como você definiria o modelo do Brasil?
Mendes: São essas as três alternativas, no Brasil foi pensado e discutido que o espírito da Constituição é de um modelo universal público. Na época de concepção, nosso sistema foi influenciado pelo modelo italiano – o beveridgiano. Mas na prática social, ao longo do tempo, por algumas razões, mas fundamentalmente pelo financiamento, o nosso modelo vem se inspirando fortemente no modelo americano e transformando-se gradativamente em segmentado. Hoje no Brasil temos um sistema de saúde com três segmentos: o SUS- que é chamado de sistema único de saúde, mas na verdade é o único de saúde pública e dois privados: o sistema de saúde suplementar, com cerca de 45 milhões de pessoas vinculadas a operadoras de saúde e o terceiro sistema, pessoas ou famílias que tiram o dinheiro do bolso, sem intermediação de plano privado, e vão a farmácia, compram consulta médica, atendimento e vão aos hospitais. No Brasil, esse sistema de desembolso direto, particular, tem recurso maior do que o da operadora.
FH: Mas o SUS é para todos.
Mendes: Quase todos os brasileiros vão ao SUS, porque ele controla a qualidade de medicamentos, qualidade da água, das vacinas e etc. Mas quase todos brasileiros também vão ao sistema do desembolso direto, e o mais grave em relação à proporção da renda é que quem mais usa o sistema público, em percentuais da renda, são os mais pobres. O sistema segmentado tem essa característica da iniquidade. Nos EUA, 50 milhões de americanos não tem cobertura. Temos essas três alternativas. Mas eu acho que se não desatar o nó do financiamento do SUS, o Brasil caminhará para a segmentação e teremos muitos problemas pela frente à semelhança dos Estados Unidos, hoje. Nós seremos amanhã o EUA de hoje. Com uma pequena diferença, que os Estados Unidos emitem dólar e nós não.
FH: Você disse que se não resolvermos a situação do financiamento do SUS seremos os Estados Unidos amanhã. Como desatar esse nó?
Mendes:
É um nó difícil de desatar porque evidências mostram que quando se segmenta o sistema é o grupo dos pobres que será sempre subfinanciado. Tem uma frase do William Beveridge, ele previu isso em 1942, que ‘políticas públicas exclusivas para pobres são políticas pobres´. Isto é, quando se segmenta, o sistema do pobre tem muito menos dinheiro que o dos ricos e a razão é de que os pobres tem pouca capacidade de organizar seus interesses e de colocá-los na arena política. Apesar do SUS ser o único sistema para mais de 150 milhões de brasileiros, esses são os 150 milhões mais pobres. É uma massa que corresponde a 75% da população e não consegue articular seus interesses dentro do Congresso Nacional para por mais dinheiro no SUS.
No sistema americano, por exemplo, o Medicaid tem menos dinheiro que o Medicare. Porque no medicaid só tem pobre e no Medicare você tem idosos de todas as classes sociais que pressionam fortemente o governo.
FH: Então também é uma questão de cidadania?
De exercer o direito de cidadão?
Mendes:
É, mas as classes mais baixas da população tem mais dificuldade. Veja a diferença de discutir o orçamento de um sistema público universal no Reino Unido, na Suécia e no Canadá. O congressista desses países está discutindo não só o sistema do pobre, ele está discutindo a saúde do pobre e a dele, da filha e da esposa. O congressista brasileiro tem um sistema caro e financiado pela população no geral. O do Senado, por exemplo, é um escandalo por conta dos privilégios. É um sistema financiado pelo dinheiro público, ou seja, pelo conjunto da sociedade e, portanto, pelos mais pobres. Aquele senador não está votando o sistema dele, está votando o recurso para o pobre, o dele já está garantido, pois ele tem um separado.

FH: Existe um estudo que compare o quanto mais caro é para uma operadora quando ela age centrada na especialidade do que num programa de atenção primária, por exemplo? Seria uma espécie de programa de saúde da família, só que voltado apenas para própria companhia?
Mendes:
Eu não conheço um dado para o Brasil. O que posso dizer é que utilizando o modelo americano como exemplo, em 2009, os Estados Unidos gastavam US$ 7290 per capita, enquanto o Reino Unido gastava U$ 2992 e o Canadá gastava U$3895, ou seja, os Estados Unidos gastam o dobro. Uma pesquisa da Cornwell´Fund compara os EUA com Austrália, Canadá, Alemanha, Holanda, Nova Zelândia e Reino Unido, ou seja, países onde há o sistema público universal. Os Estados Unidos apesar de ter o dobro do Reino Unido em gasto, era o pior dos sete em vários itens. Isso se deve, fundamentalmente, à ausência de atenção primária. Os EUA gastam mais que o dobro de que todos os países e é o último lugar em quase todos os itens como segurança, acesso, equidade e etc. Esse modelo é que estamos trazendo dos Estados Unidos e ele é caro porrque falta a coordenação do cuidado. Nos EUA, você tem dois livros recentes e que eu recomendo: publicado em 2008, “Overtreated”, de Shannon Brownlee e o “Overdiagnosed”, de Gilbert Welch. Uma síntese destes livros e principalmente o “Overtreated” seria: os Estados Unidos gastam com internações médicas desnecessárias de 30 a 50% dos gastos totais de saúde, em torno de 700 bilhões de dólares anuais, e esses procedimentos injustificáveis respondem por 30 mil mortes a cada ano. Faz- se excesso do diagnóstico e tratamento. Isso não quer dizer que a ressonância magnética, por exemplo, não é importante, mas o uso excessivo disto leva a mais tratamentos desnecessários.
FH: A rede é um sistema? Como definir a rede?
Mendes:
A rede é um sistema inteiro que se desenvolve em cinco componentes: atenção primária que coordena a rede, que vincula a população; atenção secundária, os ambulatórios especializados e os hospitais de média e alta complexidade; os sistemas logísticos, regulação, transporte sanitário, registro eletrônico em saúde; e os de apoio,- assistência farmacêutica, apoio diagnóstico terapêutico. Esse conjunto todo está em rede com um sistema de governança. Não se integra só a atenção primária com o laboratório e com o hospital, mas também com o centro de imagem, farmácia e etc. Mas para isso é preciso certo sistema logístico: prontuário eletrônico, que circule em toda a parte do sistema e inteligência reguladora, essa é ideia de rede e o Brasil não tem nada disso.

FH: Como a tecnologia pode auxiliar as Redes de Atenção Primária?
Mendes:
É fundamental porque para atenção primária funcionar ela tem que ser responsável por toda a rede vinculando toda população. Na atenção primária tem que ter toda a população cadastrada nas unidades familiares e isso é muito difícil fazer sem prontuário eletrônico e sem o registro eletrônico de saúde. E não basta cadastrar as famílias, tem que cadastrar os hipertensos, por exemplo, e estratificar por risco todos os portadores de condições crônicas. Quando se trabalha com boa atenção primária se trabalha o médio e baixo riscos e só se beneficiam de especialistas os 25% dos hipertensos que tem alto ou muito alto risco, de baixo e médio não devem ir aos especialistas, pois ele intervém muito e gera iatrogenia, pois o especialistas tem uma clinica diferenciada, voltada à doença. Vai criando um acorde de tal sofisticação que o modelo de condição crônica sem o sistema de informação eletrônica não opera. Essa é a ruptura que precisa ser feita no setor público e no privado.

Fonte: saudeweb.com.br
 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

http://surgiu.com.br/noticia/32307/criancas-de-creche-de-palmas-sao-beneficiadas-com-acao-de-colaboradores-do-hipp.html.

Crianças de creche de Palmas são beneficiadas com ação de colaboradores do HIPP
A iniciativa faz parte da programação da 3ª Semana de Enfermagem da unidade hospitalar
 
 
Cerca de 110 crianças da creche “Centro de Educação Infantil Cantinho da Criança”, na 409 Norte, em Palmas, receberam uma equipe do HIPP – Hospital Infantil Público de Palmas, na tarde desta quarta-feira, 09. Elas receberam presentes, doações de brinquedos e de leite em pó.
A iniciativa faz parte da programação da 3ª Semana de Enfermagem da unidade hospitalar
 
 
http://surgiu.com.br/noticia/32307/criancas-de-creche-de-palmas-sao-beneficiadas-com-acao-de-colaboradores-do-hipp.html