quinta-feira, 16 de junho de 2011

Saúde destina R$ 4,3 mi para construção de UBSs em oito estados

O Ministério da Saúde ampliou a assistência na atenção básica com a liberação de R$ 4,33 milhões para a construção de 17 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em oito estados.

Segundo comunicado, os recursos serão repassados em três parcelas e vão de R$ 200 mil a R$ 533,33 mil, de acordo com o tamanho de cada UBS e a quantidade de Equipes de Saúde da Família (ESF) que a unidade é capaz de abrigar.

Os estados beneficiados são Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Os investimentos estão previstos nas novas medidas de fortalecimento da atenção básica no país, anunciadas no início deste mês.

O objetivo das ações de aprimoramento da atenção primária no Sistema Único de Saúde, coordenadas pelo Ministério da Saúde e executadas pelos estados e municípios – é incentivar os gestores locais do SUS a melhorar o padrão de qualidade da assistência oferecida nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e por meio das equipes de Atenção Básica de Saúde.

A construção das 17 UBSs, uma em cada município beneficiado, também reforça a estratégia adotada pelo governo federal de reestruturar a atenção básica no contexto do Programa Brasil Sem Miséria, lançado pela presidenta Dilma Rousseff.

Os recursos financeiros são transferidos diretamente do Fundo Nacional de Saúde para os fundos municipais de saúde.

Reforço

Ao todo, sete cidades paulistas serão beneficiadas com o repasse de R$ 2 milhões para a construção das UBSs. O Rio de Janeiro teve três municípios contemplados com o valor de R$ 933,33 mil, enquanto duas cidades pernambucanas receberão R$ 400 mil. Os outros municípios são dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte e cada um terá R$ 200 mil para a construção das unidades.

As novas UBSs que serão construídas servirão de base para 27 ESF realizarem o atendimento às comunidades. As ESF têm a responsabilidade de ofertar uma atenção integral desde a promoção da saúde, prevenção de doenças, recuperação da saúde, acompanhamento em casos de doenças crônicas e até a atenção e encaminhamento de urgências.

Fonte: www.saudeweb.com.br

Servidores de São Paulo fazem paralisação de 48 horas

Os servidores públicos da Saúde de São Paulo iniciaram paralisação de 48 horas nesta quarta-feira (15), após diversas tentativas de negociar um reajuste salarial de 26% com o governo estadual. No entanto, a Secretaria Estadual de Saúde ainda não apresentou proposta para a categoria.

Em carta aberta à população, o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP) informa que o governo oferece um adicional de até R$ 39 no Prêmio de Incentivo, que seria parte da remuneração e representaria no máximo 4% de reajuste do salário total.

A categoria se queixa de que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e os secretários de governo tiveram 26% de aumento (mesmo índice pleiteado pelos servidores), enquanto os salários-base dos servidores da Saúde variam de R$ 180,35 a R$ 414,30.

“Esse governo diz que é um novo governo, que quer dialogar com os sindicatos, mas é o mesmo que há 16 anos não investe em saúde pública, terceiriza os serviços, paga os piores salários do Brasil e reduz o atendimento aos usuários dos serviços públicos. Lutamos para reverter esse quadro”, diz a carta.

Segundo o secretário-geral do SindSaúde, Helcio Aparecido Marcelino, a entidade está surpresa com a quantidade de unidades que estão aderindo à greve. A assembleia vai definir os rumos do movimento na prpoxima sexta-feira (17), na capital paulista.

Até o momento, segundo o sindicato, estão em greve funcionários do Hospital das Clínicas, do Centro de Referência da Saúde da Mulher, do Hospital Darcy Vargas e de mais 15 hospitais da Grande São Paulo além de sete em cidades do interior, como Assis, Sorocaba e Lins.

O atendimento de rotina (exames e consultas) está suspenso, mas as unidades mantêm o pronto-atendimento de emergências.

Além do reajuste e gratificação, os servidores reivindicam aumento no valor e redefinição para o prêmio de incentivo, extinção da política de bônus por desempenho, políticas de proteção à saúde do trabalhador, licença-maternidade de 180 dias para todos os regimes de contratação, reestruturação para o plano de carreira, entre outras. A data-base da categoria é 1º de março.

Fonte:www.saudeweb.com.br

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Os desafios da gestão em um ano de reacreditação hospitalar internacional

Por: Martha Lima da Silva
Gerente de Hospitalidade do
Hospital São Vicente de Paulo (RJ)

Toda gestão é uma “atitude” de administração voltada ao estudo do risco, qualquer que seja o procedimento estudado. Falamos, por exemplo, em gestão ambiental. Essa gestão é uma administração voltada ao risco que o meio ambiente pode sofrer mediante um dado procedimento. Quando falamos em “qualidade”, nesse caso, a análise do risco está baseada no procedimento ou no resultado do procedimento esperado de acordo com os requisitos dos clientes. Quando nos referimos à gestão da qualidade, é preciso determinar, ainda, qualidade com relação “a que?”. Qualidade de atendimento, qualidade de produto, qualidade de procedimento? Enfim, qualidade relativa ao processo.

Já se passaram três anos da nossa Acreditação Hospitalar Internacional pela Joint Commission International (JCI), representada no Brasil pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), e estamos voltados para a reacreditação. A gestão é uma “atitude” de administração fundamental para o alcance do objetivo institucional. Se o processo de Acreditação hospitalar internacional mobiliza todos os profissionais dentro da instituição, a reacreditação não é diferente. Antes, o sentimento era de obtenção de um selo de qualidade internacional e o status de figurar entre os melhores hospitais do mundo. Agora o sentimento que permeia a instituição é o de manter esse status alcançado e provar que a qualidade vai além de um certificado impresso e preso na parede. A qualidade é um “comportamento”, faz parte do nosso DNA institucional.

Os profissionais do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), no Rio de Janeiro, buscam qualidade e possuem uma mentalidade que chamamos de “consciência da qualidade”, com vistas em posturas de mudanças positivas e não impositivas, o que torna o trabalho muito mais gratificante. Trilhando o caminho da qualidade, desde 1994, quando a convite do Inmetro, o Hospital decidiu pela implantação do projeto da Qualidade, fundamentado na Norma NBR ISO 9002. O Sistema de Gestão da Qualidade abrange todos os serviços e é certificado desde 1998, quando obteve a certificação ISO 9002/1994. Hoje, o Hospital São Vicente de Paulo possui duas certificações internacionais: a ISO 9001-2008 pela ABNT e a Acreditação Hospitalar Internacional pela JCI/CBA.

Quando falamos em qualidade, falamos de alguns pontos importantes como desempenho das pessoas, participação e comprometimento de todos, comunicação, qualidade, processo de trabalho, cultura organizacional, melhoria contínua, treinamento e total satisfação do cliente. A qualidade institucional, por exemplo, resulta da qualidade individual das pessoas e, então, o desafio é potencializar a qualidade dos profissionais levando ao máximo o grau de desempenho. A participação e comprometimento de todos também é fundamental, pois alcançar a qualidade só é possível quando há aderência de toda a instituição, do nível estratégico ao nível operacional. Nesse caso, o desafio é envolver todos os profissionais no processo de qualidade institucional. A total satisfação do cliente é o objetivo maior, que é alcançado a partir da implementação de um sistema de gestão da qualidade, que permeia o atendimento do cliente em todas as suas necessidades com segurança, humanização e alto grau de excelência.

Os desafios existem para serem vencidos e o Hospital São Vicente de Paulo é uma instituição que reúne profissionais de alto nível de desempenho, que se orgulham por fazer parte de uma equipe “Acreditada” e que, assim como na certificação ISO que já mantém há 13 anos, tem como objetivo buscar a perenidade em relação à Acreditação Hospitalar Internacional.

Artigo encaminhado por:
Danielli Marinho
SB Comunicação
Rio de Janeiro/RJ

Presidente anuncia acordo para votar Emenda 29, sem nova CPMF


O presidente da Câmara, Marco Maia, anunciou nesta terça-feira que houve acordo para colocar em votação, ainda neste semestre, o projeto que regulamenta a Emenda 29 e destina mais recursos para a saúde (PLP 306/2008). “Há um acordo entre todos os líderes e a minha proposta é votar até 15 de julho”, disse.

O Plenário já começou a analisar o substitutivo do deputado Pepe Vargas (PT-RS) ao texto, mas a votação não foi concluída porque falta a análise de um destaque apresentado pelo DEM, na tentativa de inviabilizar a criação da Contribuição Social da Saúde (CSS). Segundo o texto atual, o tributo teria os moldes da extinta CPMF, mas Marco Maia garantiu que não haverá criação de imposto.

“Não há nenhuma possibilidade de votação de criação de novos impostos. Vamos votar a redistribuição dos recursos para a saúde sem novo imposto”, disse o presidente. Ele afirma que esse será um dos temas discutidos com a nova ministra da Secretaria de Relação Institucionais, Ideli Salvatti, que visitará a Câmara nesta quarta-feira (15), às 11h30.

Fonte: www2.camara.gov.br

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Médicos poderão pagar multa de 174,50 reais


Em São Paulo, os médicos estão proibidos de usar jaleco fora do ambiente de trabalho. Quem desrespeitar a lei estadual, publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial do Estado, está sujeito à multa de 174,50 reais. O valor dobra em caso de reincidência. O objetivo é impedir que os jalecos sirvam de fonte e veículo de transmissão de micro-organismos.

Mas as chances de se tornar “letra morta” são grandes. Ainda não está definido quais são as formas de fiscalização e de aplicação da multa. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, por enquanto, a infração à legislação não terá efeito punitivo. A Secretaria ainda afirma que será realizada uma campanha de conscientização e adesão à lei.

Estudo — Uma pesquisa publicada em setembro do ano passado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) mostrou a presença maciça de bactérias em jalecos médicos. Foram analisados, por duas pesquisadoras, 48 alunos que utilizavam jaleco. Os resultados foram alarmantes: 95,8% estavam contaminados. Entre as bactérias encontradas, havia a Staphylococcus aureus, principal responsável pelas infecções hospitalares.

Segundo o estudo, mangas e bolsos são as áreas mais contaminadas. O estudo ainda levou em consideração a diferença entre o dia da semana. Segundo o levantamento, os jalecos apresentavam maior quantidade de micro-organismos na quinta-feira do que na segunda – o que indica que os médicos utilizam a peça mais de uma vez sem lavar. Os pesquisadores acrescentam que os micro-organismos podem sobreviver entre 10 e 98 dias em tecidos encontrados em hospitais, como algodão e poliéster.

Maria Elisa Zuliani Maluf, coordenadora da pesquisa e professora titular de Microbiologia da PUC-SP, afirma que outros materiais utilizados por médicos também estão contaminados. Um estudo mostrou que 90% dos estetoscópios, utilizado para auscultar o coração, estavam contaminados. Outra pesquisa indicou que os aparelhos celulares dos médicos possuíam mais bactérias do que os celulares do restante da população. "O uso do jaleco é uma questão de conscientização e de bom senso. É preciso evitar a banalização dessa vestimenta e manter a higienização", afirma.

A pesquisadora explica que o jaleco é considerado um equipamento de proteção individual (EPI), que tem como finalidade de proteger o médico e outros profissionais da área de medicina contra uma eventual contaminação pelo paciente.

Na medicina, o avental branco é utilizado há pelo menos 100 anos. Ele funciona como um símbolo de respeito, status e diferenciação entre o médico e o paciente. No passado, os cirurgiões usavam aventais. Quanto mais sujos com sangue, maior era o prestigio entre os colegas. Uma pesquisa realizada pelo Royal Free Hospital em 2004, em Londres, mostrou que a maioria dos pacientes prefere que os médicos utilizem jalecos.

Fonte: www.veja.abril.com.br