quarta-feira, 18 de maio de 2011

Secretário da Saúde do TO apresenta relatório funcional da saúde e defende terceirização dos serviços hospitalares no Estado

No final da tarde desta quarta-feira, 18, o secretário de saúde do Estado, Arnaldo Nunes, apresentou um diagnóstico funcional feito nos dezenove hospitais do Estado que traz as principais dificuldades relacionadas a quatro áreas: gerência, estrutura, parte técnica (relativa ao pessoal) e a parte terceirizada que correspondem a serviços como os de limpeza.

Para a construção do relatório foram avaliados cerca de 1700 itens em cada um dos dezenove hospitais e segundo o secretário o hospital que teve melhor média, tendo sido avaliados as dificuldades relacionadas as quatro áreas anteriormente citadas, foi o Hospital Geral de Palmas. Já os que apresentaram as situações mais críticas foram os hospitais de Dianópolis e Arapoema .

Segundo Nunes tendo em vista a situação da saúde no Estado, a melhor alternativa seria a parceria como o terceiro setor. “Aquilo que a gente já sabia agora está quantificado no relatório, tendo em vista isso a opção mais interessante nesse momento para o Estado é aderir aos serviços do terceiro setor, já que eles oferecem ação imediata. É isso que nós precisamos no momento, de ações imediatas”, frisou o secretário.

Aguardando propostas de empresas

De acordo com secretário, o próximo passo é cuidar da parte jurídica para dar legalidade a ação e reiterou que a partir de agora serão esperadas as propostas de empresas que tenham serviços a oferecer para melhorar as condições dos hospitais do Tocantins. “Agora estaremos esperando as propostas das empresas que queiram prestar seus serviços” disse o secretário.

Para José Reinaldo, presidente da Confederação da Misericórdia do Brasil - CBN, responsável pela construção do diagnóstico funcional, existem dois motivos principais que fazem da terceirização dos serviços a melhor escolha para o Estado: o jurídico e o operacional.

“Dois motivos são extremamente relevantes, o primeiro é jurídico por que essas instituições tem preferência no oferecimento de serviços, que é assegurado até pela Constituição Federal e o segundo é o operacional, porque são instituições que tem experiência no oferecimento desse tipo de serviços”informou presidente.

Questionado sobre o posicionamento da Ordem dos Advogados do Brasil (seccional Tocantins) – OAB/TO que tende a ser contrária a terceirização de serviços, o secretário afirmou que respeita a posição da Ordem e o objetivo do governo é fazer tudo corretamente. “O desejo de trabalhar correto nós temos, o medo da OAB deve ser destinado a nós para que os usuários não corram riscos. Todas as observações que a Ordem e o Ministério Público fizerem nós vamos ouvir. Queremos fazer a coisa acertada, mas já fomos em vários estados que fizeram essa parceria e vimos que deu certo. Queremos um modelo que atenda as necessidades da população ”, finalizou o secretário.