sexta-feira, 23 de julho de 2010

Médicos são acusados por infecção hospitalar no ES

São Paulo - A Polícia Civil do Espírito Santo indiciou ontem seis médicos, dois diretores e uma enfermeira de dois hospitais capixabas por crime contra a saúde pública e lesão corporal grave por causa de um surto de micobactéria de crescimento rápido (MCR) ocorrido entre abril e julho de 2007. Esta é a primeira vez em que profissionais de saúde são acusados criminalmente por um surto de infecção hospitalar no País.
Os acusados são o diretor-geral, Antonio Alves Benjamim Neto, e o diretor-clínico, Ivan Lima; os médicos Gil da Costa Gomes, Isaac Walker de Abreu, Luís Alberto Sobral Vieira Júnior, Adelmo Rezende da Costa, Leandro Correa Leal e Gustavo Peixoto Soares Miguel; e a enfermeira Cláudia Sales Martins do Nascimento. Todos trabalham no Hospital Meridional. Miguel e Cláudia atuavam ainda em outro hospital particular, o Santa Rita.
As acusações constam nas 800 páginas de dois inquéritos que investigavam 106 casos de infecção hospitalar pelo micro-organismo, todos ocorridos em pacientes submetidos a cirurgias com videolaparoscopia. Ainda estão em aberto mais nove inquéritos para investigar 86 casos registrados em outros nove hospitais da região metropolitana de Vitória no mesmo período.
Nos inquéritos, os policiais apontaram que a infecção ocorreu por descaso na organização do centro cirúrgicos, que houve falha no reprocessamento de material, excesso de cirurgias em um mesmo dia, desinfecção insuficiente e reutilização de material descartável. Os inquéritos serão encaminhados hoje para o Ministério Público Estadual, que terá 15 dias para analisar as provas e abrir denúncia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FONOAUDIOLOGIA HOSPITALAR

Por Liza Gutierrez
Fonoaudióloga - Crfa. RS 8572
A atuação fonoaudiológica hospitalar no Brasil iniciou na década de 80. Nos anos 90 ocorreu uma grande evolução desta especialidade, a partir da conscientização de seu importante papel na prevenção e na reabilitação de pacientes hospitalizados junto à equipes interdisciplinares.

No ambiente hospitalar, o fonoaudiólogo pode atuar desde a fase pré natal, até o fim da vida do ser humano. Na fase pré-natal atuamos na orientação a gestante, incentivando o aleitamento materno e informando a respeito do desenvolvimento da alimentação, audição e linguagem, prevenindo possíveis distúrbios, e ainda esclarecemos duvidas sobre hábitos orais como o uso de mamadeira e chupeta. No berçário e/ou alojamento conjunto favorecemos a interação entre pais e bebê.

Realizamos Triagem Auditiva Neonatal, procedimento importante para diagnóstico precoce de perdas auditivas, que, quando identificadas, geram a necessidade de imediato encaminhamento para serviços competentes de protetização auditiva. Nestes atuamos na seleção e adaptação de aparelhos de amplificação sonora. Nas equipes de implante coclear o fonoaudiologo tem relevância no processo de seleção dos candidatos a implantação coclear e ainda na reabilitação auditiva e de fala dos implantados. O implante coclear é uma opção no tratamento de crianças e adultos portadores de deficiência auditiva, substituindo parcialmente as funções da cóclea.

Já o trabalho realizado em UTI Neonatal e Pediátrica ocorre junto às crianças que por algum motivo não conseguem sugar ou se alimentar por via oral. Aí a ênfase esta voltada para habilitação ou reabilitação desta função, ainda não adquirida ou perdida por sequela de alguma enfermidade. A atuação fonoaudiológica com bebês prematuros, sindrômicos, paralisados cerebrais ou com fendas labiopalatinas, ainda sem condições de alimentação via oral, já é bastante reconhecida por outros profissionais de saúde e pelas instituições hospitalares, principalmente porque nossa intervenção proporciona melhor qualidade de vida para estas crianças e suas famílias e com isso ocorre diminuição do período de hospitalização.

Intervimos também em adultos com problemas de deglutição e de comunicação que podem ocorrer devido a acidentes vasculares encefálicos (derrames ou isquemias), doenças degenerativas ou por cirurgia, traumas ou queimaduras na região de cabeça e pescoço. No tratamento das Disfagias ou distúrbios da deglutição nosso objetivo terapêutico principal é a reabilitação da alimentação por via oral, minimizando os riscos de alterações respiratórias e promovendo, alem disto, um pouco de satisfação ou prazer para o paciente em poder se alimentar pela boca de forma efetiva e exclusiva. Ainda orientamos a família e a equipe de saúde quanto à consistência dos alimentos, temperatura que devem ser oferecidos e postura corporal no momento de alimentação.

Nos traumas, queimaduras e nos cânceres da região da cabeça e pescoço atuamos nas fases pré e pós cirúrgicas visando além da alimentação, aspectos como cicatrização adequada dos tecidos, reabilitação da mímica facial e dos movimentos necessários a produção da voz e da fala.

A reabilitação da comunicação, também faz parte da rotina do fonoaudiólogo hospitalar quando orientamos equipe e família no sentido de complementar nossa pratica terapêutica, que, a principio, encontra-se na reabilitação da fala, mas pode-se estender até a implantação de um sistema de Comunicação Alternativa Suplementar quando o prognostico é desfavorável para a comunicação oral.

Importante salientar que os procedimentos se adaptam a realidade de cada caso, em relação às orientações e as condutas terapêuticas, ou seja, nosso atendimento é específico e personalizado de acordo com a demanda de cada indivíduo e sua família, no contexto social em que esta inserido.

Nas equipes interdisciplinares, procedemos da mesma forma, segundo as necessidades que surgem, completando o atendimento hospitalar. Nosso trânsito entre os profissionais de saúde nos hospitais vem aumentando e melhorando, justamente pela comprovação da eficácia de nosso trabalho claramente efetivo e satisfatório para a população e instituições hospitalares.

Em Pelotas/RS, os hospitais ainda não contam com serviços de fonoaudiologia. Mesmo assim ou exatamente por isso, a comunidade pelotense deve estar ciente de que a fonoaudiologia hospitalar existe, e principalmente tem participação importante na reabilitação de pacientes hospitalizados, já que contribui realmente para a alta hospitalar mais rápida e com menos sequelas, e com isso melhoramos a qualidade de vida desses indivíduos, contribuindo também nas questões de saúde pública e ecologia hospitalar.

Liza Gutierrez colaborou com nosso Blog diretamente da cidade de Pelotas, ela é Especialista em fono hospitalar e Mestranda em saúde comportamental.

GE Healthcare inaugura primeira fábrica no Brasil

Nova planta montará equipamentos de Raios X e Mamografia ainda por meio de fornecedores internacionais

A GE Healthcare inaugurou nesta quarta-feira (21) sua primeira fábrica de equipamentos médicos no Brasil, e também na América do Sul. As estimativas de investimentos para o empreendimento, localizado em Contagem (MG), são de US$ 50 milhões ao longo de dez anos.

No primeiro momento, a nova planta montará equipamentos de Raios X e Mamografia ainda por meio de fornecedores internacionais. De acordo com a presidente da companhia para a América Latina, Cláudia Goulart, o início para comercialização dos produtos está prevista para outubro deste ano.
"Já temos a liberação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Mas ainda aguardamos a licença ambiental e a inclusão da unidade como fabricante de origem", afirmou.

Entretanto, o grande objetivo da GE Healthcare é produzir os equipamentos de maneira local, sem ter de importar peças. Para isso, a companhia já está trabalhando em um Centro de Treinamento para engenheiros, localizado no Brasil, a ser lançado a partir de 2011. O centro será destinado à capacitação de profissionais latino-americanos.

"Começaremos com montagem de equipamentos e, enquanto isso, faremos a prospecção de fornecedores locais. Em aproximadamente três anos, acredito que 60% dos aparelhos de Raios X estarão sendo produzidos localmente", disse o gerente geral de supply chain da GE Healthcare, Phillip Griffith.
Ainda segundo Griffith, cerca de 23 fornecedores brasileiros já foram mapeados para possíveis parcerias.

Centro de Pesquisa
Além disso, a empresa anunciará, em agosto, o projeto de construção de um centro de pesquisa tecnológico no Brasil. O local está sendo definido, com base em logística, custo, entre outras variáveis.
Segundo o presidente e CEO da GE Healthcare para as Américas, Mark Vachon, essas três investidas no Brasil mostram o compromisso da empresa em relação ao País.

"Tenho acompanhado a transformação por que o Brasil está passando e ele está certamente entre os três maiores focos de investimentos para a GE", afirmou Vachon.

Portfólio
Em 2011, além de Raios X e mamógrafos, a GE Healthcare pretende expandir sua linha de produção no Brasil. Os equipamentos previstos são: PET/CT, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética e Sistemas de Monitoração.
Os produtos serão comercializados também no mercado exterior, apesar do grande foco ser o Brasil.

Fonte: www.saudebusiness.com.br


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Laboratório da USP vai produzir células-tronco a partir de dentes de leite

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A Universidade de São Paulo (USP) está construindo um laboratório para cultivo de células-tronco obtidas a partir de dentes de leite. O projeto é uma iniciativa da Faculdade de Odontologia e da universidade inglesa King´s College, que já tem outras cinco parcerias com a universidade paulista para pesquisas.

Segundo a coordenadora do projeto, professora Andrea Mantesso, que leciona nas duas instituições, foi detectada a existência de células-tronco na polpa dos 20 dentes de leite que cada ser humano tem. Essas células poderiam ser usadas para desenvolvimento de novos dentes e até de outros tecidos, como ossos, músculos e nervos. O processo ainda permite a obtenção de células-tronco a um custo menor e sem a necessidade de cirurgia nos doadores.

“A principal vantagem de se trabalhar com células-tronco de dentes é o acesso fácil aos tecidos”, disse Mantesso, em entrevista à Agência Brasil. “No caso dos dentes de leite, pelo fato de eles caírem por si só, temos 20 oportunidades de coleta de material.”

Hoje, por exemplo, as células-tronco são coletadas em embriões e cordões umbilicais de recém-nascidos e depois armazenadas em laboratórios, ou então retiradas da medula óssea de pacientes que pretendem usá-las em tratamentos de saúde.

A professora afirmou também que pesquisas para uso das células na produção de novos dentes ainda estão em estágio inicial. Já para a produção de novos tecidos, estão mais avançadas. Mesmo assim, é impossível dizer quando a técnica será aplicada em pacientes. “Seria um chute no escuro”, disse ela.

O novo centro de pesquisas da Faculdade de Odontologia da USP deve ser inaugurado no ano que vem.

Edição: Vinicius Doria
Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br

terça-feira, 20 de julho de 2010

Saúde libera R$ 100 milhões para os hospitais federais universitários de todo país

Até o fim do ano, mais R$ 200 milhões serão investidos na reestruturação destes hospitais
O Ministério da Saúde anunciou hoje (19) a liberação de R$ 100 milhões para a reestruturação e revitalização de 45 hospitais federais universitários em todo o país. O valor, que será incorporado ao teto financeiro anual dos estados, municípios e do Distrito Federal, será repassado a partir de agosto pelo Fundo Nacional de Saúde, dentro do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Federais (REHUF), do ministério.
Esta é a primeira parcela de um total de R$ 300 milhões que o Ministério da Saúde irá repassar até o final do ano para os hospitais universitários federais.
“Esta liberação de recursos financeiros é um passo importante no sentido de garantir o fortalecimento da rede federal dos hospitais de ensino. Estes hospitais são de extrema importância para o atendimento de média e alta complexidade (consultas, exames, cirurgias e tratamento em especialidades que exigem maior complexidade) em todo o país. Além disso, são centros de formação de especialistas em saúde e centros qualificados de realização de pesquisas no campo da saúde e da medicina”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
A portaria que autoriza o repasse desse novo recurso pelo Ministério da Saúde será publicada nesta terça-feira (20) no Diário Oficial da União. Esse valor deve ser incorporado aos contratos de metas estabelecidos entre os gestores estaduais e municipais com os respectivos hospitais (veja lista anexa).
O REHUF foi instituído em 27 de janeiro deste ano, por Decreto Presidencial. Tem como objetivo criar as condições materiais e institucionais para que os hospitais universitários possam desempenhar plenamente suas funções em relação às dimensões de ensino, pesquisa e extensão, além da dimensão da assistência à saúde.
No campo estritamente da assistência à saúde, os hospitais universitários desempenham as funções de centros de referência de média e alta complexidade para a rede pública de serviços de saúde. No REHUF, o financiamento dos hospitais universitários federais é partilhado, paritariamente, entre as áreas de saúde e de educação, num sistema de pactuação global que ainda inclui o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O programa serve para instituir mecanismos adequados de financiamento, progressivamente, até 2012.

Tabela 1 – Veja quanto receberá cada um dos 45 hospitais federais universitários


UF MUNICIPIO SIGLA Hospital Valor anual
AL MACEIÓ UFAL Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes 1.734.157,03
AM MANAUS UFAM Hospital Universitário Getúlio Vargas 1.275.182,86
BA SALVADOR UFBA Hospital Universitário Prof. Edgard Santos 1.707.118,11
BA SALVADOR UFBA Maternidade Climério de Oliveira 590.044,18
CE FORTALEZA UFC Hospital Universitário Walter Cantídio 2.153.718,54
CE FORTALEZA UFC Maternidade Escola Assis Chateaubriand 1.966.050,12
DF BRASILIA UNB Hospital Universitário 2.236.439,30
ES VITÓRIA UFES Hospital Univers. Cassiano Antonio de Moraes 2.579.237,78
GO GOIÂNIA UFG Hospital das Clínicas 3.317.079,43
MA SÃO LUIS UFMA Hospital Universitário 6.827.555,87
MG B.HORIZONTE UFMG Hospital de Clínicas 5.957.727,63
MG JUIZ DE FORA UFJF Hospital Universitário 877.160,82
MG UBERLÂNDIA UFU Hospital de Clínicas 5.843.155,95
MG UBERABA UFTM Hospital Escola 3.334.036,04
MS CAMPO GRANDE UFMS Hosp.Univ. Maria Aparecida Pedrossian 2.515.994,21
MS DOURADO UFGD Hospital Universitário 522.446,88
MT CUIABÁ UFMT Hospital Universitário Júlio Müller 770.838,30
PA BELÉM UFPA Hosp. Univ. João de Barros Barreto 1.996.067,90
PA BELÉM UFPA Hosp. Univ. Bettina Ferro deSouza 27.268,06
PB JOÃO PESSOA UFPB Hosp. Univ. Lauro Wanderley 1.550.842,33
PB CAMPINA GRANDE UFCG Hosp. Univ. Alcides Carneiro 1.182.838,08
PE RECIFE UFPE Hospital das Clínicas 4.181.866,51
PR CURITIBA UFPR Hospital de Clínicas 6.883.237,70
PR CURITIBA UFPR Matern. Vitor Ferreira do Amaral 138.631,74
RJ NITEROI UFF Hospital Universitário Antonio Pedro 2.404.172,24
RJ RIO DE JANEIRO UFRJ Hosp. Univ. Clementino Fraga Filho 3.354.658,94
RJ RIO DE JANEIRO UNIRIO Hosp. Universitário Gaffrée e Guinle 1.238.749,06
RJ RIO DE JANEIRO UFRJ Maternidade Escola 729.134,20
RJ RIO DE JANEIRO UFRJ Instituto de Psiquiatria 530.696,05
RJ RIO DE JANEIRO UFRJ Inst. de Puericultura e Pediat. Martagão Gesteira 168.420,38
RJ RIO DE JANEIRO UFRJ Instituto de Neurologia Deolindo Couto 105.176,81
RJ RIO DE JANEIRO UFRJ Instituto de Doenças do Tórax 20.622,90
RJ RIO DE JANEIRO UFRJ Instituto de Ginecologia 10.998,88
RJ RIO DE JANEIRO UFRJ Hospital Escola São Francisco de Assis 10.311,45
RN NATAL UFRN Hosp. de pediat. Prof. Heriberto F. Bezerra 59.577,28
RN NATAL UFRN Hospital Universitário Onofre Lopes 1.480.266,17
RN NATAL UFRN Maternidade Escola Januário Cicco 624.644,83
RN SANTA CRUZ UFRN Hospital Universitário Ana Bezerra 172.774,10
RS PORTO ALEGRE HCPA Hospital de Clínicas de Porto Alegre 8.546.131,14
RS SANTA MARIA UFSM Hospital Universitário 3.900.936,74
RS RIO GRANDE FURG Hosp. Univ. Dr. Miguel Riet Correa Júnior 1.774.486,26
RS PELOTAS UFPEL Hospital Escola 1.402.357,43
SC FLORIANÓPOLIS UFSC Hosp. Univ. Polydoro Ernani de São Thiago 3.076.478,89
SE ARACAJU UFS Hospital Universitário 767.172,00
SP SÃO PAULO UNIFESP Hospital São Paulo 9.453.538,89

TOTAL 100.000.000,00

Fonte: www.saude.gov.br

segunda-feira, 19 de julho de 2010

"Vai ter enfermeiro agindo como se fosse médico"

Claudio Porto, presidente do Coren-SP, teme que os limites sejam extrapolados, impedindo que a população tenha acesso aos médicos

"A lei permite isso. Cabe aos conselhos trabalharem para se ter consciência e limite dessa ação"
A decisão unânime do Tribunal Regional Federal do Espírito Santo, que derrubou a ação civil pública aberta pelo Ministério Público Federal em abril de 2008 impondo restrições à atividade dos enfermeiros, não deve afetar o exercício desses profissionais no Estado de São Paulo.

O Coren do Espírito Santo ganhou a ação e junto à vara federal, com repercussão em todo território nacional, que permite aos enfermeiros solicitarem exames e prescreverem medicamentos mediante protocolo elaborado pelos programas de saúde do Ministério da Saúde ou da própria instituição em que o profissional é atuante.

A partir de agora está sob competência do enfermeiro fazer diagnóstico de patologia simples e corrente, como é o caso de uma gripe, um resfriado ou uma verminose por exemplo. A Secretaria de Saúde deve elaborar um protocolo de segurança para que os profissionais de enfermagem assumam tal responsabilidade.

"Para todos os efeitos em todo Brasil os enfermeiros terão competência legal e técnica para atuar na prescrição de medicamentos. A lei diz e permite isso, agora cabe aos conselhos trabalharem junto com seus profissionais para ter consciência e limite dessa ação", comenta o presidente do Coren-SP, Cláudio Porto ao citar que o seu temor é que os limites sejam extrapolados, impedindo que a população tenha acesso aos médicos - o que é um direito de lei para todo cidadão. "Caso contrário vai ter enfermeiro agindo, trabalhando e se comportando como se fosse médico e aí a coisa vai ficar feia porque já vimos isso acontecer em São Paulo e naquela ocasião foi preciso intervir", completa.

Embora Porto já tenha presenciado algumas situações de conflito acredita que o estado paulista não tem grandes problemas com efeito judicial, ao contrario do que vem acontecendo em outras regiões.

Uma das iniciativas do Coren-SP para evitar conflito jurídico é trabalhar em conjunto com o Conselho Regional de Medicina. "Isso tem surtido efeitos positivos e caso seja detectado alguma situação irregular de imediato ambos os conselhos já intervém para uma adequação protocolar", ressalta.

Recentemente, as classes desses profissionais se desentenderam após os enfermeiros anunciarem sua busca pela redução da carga horária para 30 horas e por um aumento do piso salarial.

De acordo com Porto, a proposta da carga horária já está aprovada por todas as comissões e aguarda apenas votação em plenário. "Existe um movimento político contrário ao projeto de redução, está existindo uma obstrução".

Já a proposta do piso salarial passou por três comissões e está para apreciação. O executivo afirma que esse é um projeto mais complexo, pois gera custo e por isso não acredita na aprovação ainda neste ano.

Fonte: www.saudebusiness.com.br

Morre em São Paulo um dos fundadores do SUS

Médico sanitarista, um dos fundadores do Sistema Único de Saúde brasileiro e secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata, de 57 anos, faleceu neste sábado, dia 17 de julho, às 20h50, vítima de um infarto do miocárdio.

Barradas dedicou boa parte de sua vida ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde, sob seu comando como secretário e secretário-adjunto, a Secretaria de Estado da Saúde entregou novos hospitais, implantou o modelo de Organizações Sociais de Saúde para gerenciamento de unidades públicas de saúde, foi criador do programa Dose Certa, construiu o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, entregou novas fábricas de remédios, construiu uma fábrica de vacinas, idealizou e entregou os AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), realizou mutirões de consultas e exames, criou Centros de Referência do Idoso, construiu o primeiro hospital público de transplantes do Brasil, idealizou a lei anti-fumo, humanizou o atendimento nos hospitais e reorganizou a rede de atendimento no Estado de São Paulo, entre outras iniciativas.

Por seus serviços prestados à saúde pública brasileira, recebeu do Ministério da Saúde, no ano passado, a medalha de Mérito Oswaldo Cruz.