quinta-feira, 12 de julho de 2012

Rede de franquia promete reduzir lixo hospitalar no Brasil

Nova franquia, que terá a marca Usilix, visa atender um mercado de mais de 30 mil unidades de saúde que produzem resíduos e cuja destinação final não está, na maioria dos casos, adequadamente resolvida

 

Rede de franquia Usilix, que será lançada em agosto, promete ter capacidade para incinerar de 3,6 a 15 toneladas de resíduos tóxicos por dia em sete estados brasileiros, contribuindo para o fim dos lixões
Ao fazer o descarte de resíduos comuns em aterros sanitários é preciso levar em conta uma série de cuidados que passam a ser muito mais minuciosos quando se trata de lixo hospitalar.
Para reduzir os prejuízos que esse tipo de lixo pode trazer ao meio ambiente, o executivo Wesley Guedes de Morais conta que duas empresas de franquia, a Emporium e a Usilix Brasil, com experiência na Ásia e Europa, se uniram para criar a primeira rede de franqueados brasileira para reciclagem e incineração de lixo hospitalar.
Segundo Morais, a nova franquia, que terá a marca Usilix, contará com exaustores com capacidade para reduzir em mais de 96% o volume de resíduos para cerca de 4% de cinzas inertes totalmente inócuas à saúde.
“O nosso objetivo é atender a um mercado de mais de 30 mil unidades de saúde que produzem resíduos e cuja destinação final não está, na maioria dos casos, adequadamente resolvida”, diz.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que apenas entre 1% e 2% de todo o lixo hospitalar gerado é incinerado, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, esse volume chega a 60%, explica Morais, lembrando que esse modelo de negócio contribuirá também para que as empresas atendam à Lei Federal 12.305/10, cujo texto prevê a eliminação dos lixões de todos os municípios brasileiros até 2014.
A franquia será lançada no início de agosto nos estados do Amazonas, do Mato Grosso, de Pernambuco, de São Paulo, do Rio Grande do Sul, do Ceará e do Paraná, com uma previsão de incinerar entre 3,6 toneladas e 15 toneladas de lixo por dia.
Uso dos resíduos
O executivo diz também que terá parcerias com hospitais e outros estabelecimentos que geram resíduos.
“Isso significa que o interessado em ter uma franquia não precisará se preocupar em coletar o lixo. Os próprios estabelecimentos fazem a segregação prévia do material e cuidam do envio para nossas unidades”, diz, detalhando que é preciso um investimento da ordem de R$ 1,6 milhão para adquirir uma franquia.
Segundo Morais, os exaustores usam uma tecnologia que se ajusta às resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), referente aos processos e procedimentos que conduzem à minimização do risco à saúde pública.
Por conta disso, os modelos dispõem de um sistema de pré-trituração dos resíduos que otimiza o processo de queima em altas temperaturas e preserva o ambiente por meio do tratamento integral dos resíduos sólidos.
“A tecnologia é tão nova que pesquisadores da USP ainda estudam o que pode ser feito com as cinzas inertes, mas já podemos recomendar sua utilização para indústrias de adubo, pisos e asfalto”, comenta Francisco Guedes de Morais, também sócio-diretor da Usilix.
Outro benefício oferecido aos franqueados é a oportunidade que terão em economizar energia. O funcionamento de todo o sistema é regido pelo princípio da autocombustão, que permite a utilização da própria queima dos resíduos como fonte complementar de energia.
“Entre 25% a 30% de todo o lixo hospitalar é composto por derivados do petróleo como o plástico, que proporciona combustão suficiente para a queima dos próprios resíduos”, explica o engenheiro Edward Radzycky, da Usilix Brasil.
Dependendo do grau de atividade, há plantas que funcionarão 24 horas por dia, e essa economia de energia deve pesar na hora de o interessado aderir a esse modelo de negócio.
De acordo com Jefferson Ramirez, diretor comercial da Emporium e consultor de franquias da Usilix Brasil, ainda há outras vantagens. “Além da receita oriunda dos resíduos hospitalares, deve-se considerar os ganhos com a venda de parte do material residual como insumo na fabricação de adubo, asfalto e pisos antiderrapantes, e a receita em crédito de carbono”, afirma.

Fonte: saudeweb.com.br

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